Tarifa de ônibus na cidade de SP vai subir para R$ 5 a partir de janeiro, diz SPTrans

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A SPTrans informou durante reunião do CMTT (Conselho Municipal de Trânsito e Transporte) realizada na manhã desta quinta-feira, 26, que a tarifa de ônibus na capital paulista será reajustada para um valor entre R$ 5 e R$ 5,20 a partir de janeiro de 2025.

O último reajuste na tarifa aconteceu de 2019 para 2020, ainda durante a gestão de Bruno Covas, quando subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40. De 2020 a 2024, o valor não foi alterado. Nesse período, a inflação aumentou 33% e o óleo diesel, combustível mais consumido pela frota, subiu 57%.

Apesar de ter mantido a tarifa congelada durante o ano eleitoral, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), passou a confirmar que o valor seria reajustado para 2025 após vencer as eleições municipais. Agora, deverá dar um aumento que supera a inflação anual, que deve ser de 4,91%, segundo o INPCA.

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Antes da reunião desta segunda, Nunes havia afirmado que a tarifa dificilmente passaria dos R$ 5. “Eu acho que a probabilidade é muito pequena, é bem pequena”, disse Nunes durante a coletiva de imprensa após a diplomação dos eleitos nas eleições deste ano.

Durante a reunião, foram apresentados dados mostrando que um aumento de cada R$ 0,10 na tarifa representa um acréscimo de R$ 106 milhões na receita anual do sistema.

O município alegou também que a gratuidade direta (idosos, PCD, estudantes e domingo tarifa zero) aumentou de 23% em 2019 para 28% em 2024. O número de pagantes caiu de 52% para 50%.

Os ônibus transportam 7,13 milhões de passageiros em dias úteis. A frota de 13,5 mil veículos faz 163 mil viagens por dia, percorrendo 2,3 milhões de quilômetros de vias. São 34 terminais de passageiros e 20,3 mil pontos de parada. Depois da pandemia, a frota teve queda de 6%, mas a oferta de assentos caiu menos – 3%.

O preço da passagem não é totalmente coberto pelo valor da tarifa – a Prefeitura complementa esse valor com um subsídio repassado pelo município para as empresas de ônibus. Um dos desafios, porém, tem sido a queda do número de passageiros que usam os ônibus na capital.