O Natal será de reflexão para o Barcelona este ano. A queda livre do time catalão nos últimos meses se confirmou no último sábado (21), com a derrota para o Atlético de Madrid por 2 a 1 e a perda da liderança do Campeonato Espanhol.
O resultado negativo, apesar da boa partida da equipe, que na 12ª rodada (início de novembro) liderava com 10 pontos à frente do Atlético.
Apenas seis rodadas depois, o Barça perdeu a vantagem sobre o time ‘colchonero’, novo líder com três pontos a mais e um jogo a menos. Para piorar, os ‘blaugrana’ também foram ultrapassados pelo Real Madrid e agora ocupam a terceira posição na tabela.
Os números não enganam: cinco pontos somados nos últimos 21 disputados. Tudo começou com a derrota por 1 a 0 para a Real Sociedad. Depois, empate com o Celta de Vigo (2 a 2), derrota em casa para o Las Palmas (2 a 1), empate com o Betis (2 a 2) e nova derrota como mandante com o Leganés (1 a 0).
Uma série negativa que levou o técnico Hansi Flick a dizer que novembro foi um mês de “m…”, muito longe do deslumbrante início de temporada, com 11 vitórias (sete consecutivas) nas 12 primeiras rodadas, entre elas a goleada por 4 a 0 sobre o Real Madrid no Santiago Bernabéu.
Desde então (26 de outubro), o Barcelona só venceu Espanyol e Mallorca no Campeonato.
Os 38 pontos no primeiro turno estão muito longe dos 54 que a equipe somou na temporada 2022/2023, quando era treinada por Xavi Hernández, e inclusive abaixo dos 41 do último campeonato.
“Estou muito orgulhoso dos meus jogadores, mas muito decepcionado com o resultado. O Atlético é um time muito experiente e aproveitou sua chance. Foi um jogo muito frustrante. Pedri foi incrível, Gabi também. É assim que queremos jogar. Voltaremos com força depois das festas de fim de ano.
No total, o treinador alemão passou de estar a ponto de igualar o melhor início da história do Barcelona no campeonato (temporada 2014-2014 com Gerardo Martino) a apresentar números piores que os de seus antecessores.
Flick perdeu cinco jogos dos 19 disputados até aqui, o que equivale a 25% de derrotas, uma porcentagem superior às acumuladas por Xavi, Ronald Koeman e Quique Setién.
E mais: com Xavi, o time deixou de pontuar em cinco jogos na temporada passada, os mesmos do técnico alemão no atual campeonato.
Outra das explicações para o declínio do Barcelona se dá pelo mau momento do polonês Robert Lewandowski. O atacante marcou 16 gols em 19 jogos, mas apenas dois nos últimos oito.
O time também sentiu falta das boas atuações de Lamine Yamal. Apesar de jovem, o habilidoso ponta é fundamental por seus gols e assistências. Exceto contra o Alavés, quando esteve em campo por 60 minutos, as demais derrotas aconteceram com a promessa ‘blaugrana’ fora por lesão ou poupado.
“A pausa será algo bom para nós. Temos que aprender e jogar de forma mais inteligente. Sobre a qualidade no jogo, não tenho nada a dizer. Todo o mundo viu. Vence quem marca mais gols. Deixar dez pontos escapar em casa não é normal e teremos que trabalhar nisso”, disse Flick, que deu folga aos jogadores até o dia 29 de dezembro.
No retorno, o elenco começará a preparação para a estreia na Copa do Rei, no dia 4 de janeiro, contra o Barbastro, antes de viajar à Arábia Saudita para disputar a semifinal da Supercopa da Espanha contra o Athletic Bilbao.
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