MP denuncia policiais militares que formaram milícia para venda de pontos no Brás

SC chega a 22 prefeitos presos por suspeita de corrupção; veja quem são
A Operação Mensageiro é coordenada pelo Gaeco Foto: Reprodução

Um grupo de 16 pessoas foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) nesta segunda-feira, 23, pela formação de milícia privada, prática de extorsão e lavagem de dinheiro. A Justiça ainda não se manifestou.

+Médicos mortos por engano no Rio: polícia e MP fazem operação para prender suspeitos

Desse grupo de denunciados, nove já cumprem prisão preventiva. A denúncia foi feita no âmbito da operação Aurora, que desarticulou a organização – que incluía também policiais militares (PMs).

Os policiais denunciados por formação de milícia são tanto da ativa quanto reformados.

O esquema da milícia é de venda irregular de pontos comerciais para autônomos. Segundo a investigação, a prática ocorria na região do Brás, bairro de São Paulo (SP).

As autoridades identificaram que os policiais agiam como milícia, dividindo território e exigindo pagamentos de vendedores que trabalhavam na região de forma informal.

Uma das testemunhas relatou que era exigido um pagamento de R$ 15 mil anuais, além de mais R$ 300 por semana.

Além disso, o Gaeco relatou que uma escrivã da Polícia Civil, que “é ou já foi companheira de um sargento da PM”, foi flagrada realizando extorsão de forma organizada, intimidando comerciantes na região do Brás, inclusive mostrando vínculo com uma facção criminosa que atua na região.

A Operação Aurora foi deflagrada em 16 de dezembro, em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Civil.