Um tribunal holandês condenou cinco homens nesta terça-feira por participação em atos de violência contra torcedores israelenses em Amsterdã, durante os distúrbios que ocorreram em novembro e foram classificados como antissemitas por governos ocidentais.
O tribunal de Amsterdã os declarou culpados por uma série de crimes, que incluem agressão contra os torcedores do Maccabi Tel Aviv nas ruas e incitação à violência em plataformas de mensagens.
A maior pena imposta foi de seis meses de prisão para um homem identificado como Sefa O., por violência pública contra várias pessoas.
O caso dele foi o mais grave examinado pelo tribunal. De acordo com os promotores, Sefa O. teve um “papel principal” na violência.
O promotor disse que as agressões tinham “pouco a ver com o futebol”.
“Neste caso, não houve provas de (…) uma intenção terrorista e a violência não foi motivada por um sentimento antissemita”, disse. “A violência foi influenciada pela situação em Gaza, não pelo antissemitismo”, afirmou.
Na madrugada de 7 a 8 de novembro, torcedores do clube israelense Maccabi Tel Aviv foram perseguidos e espancados nas ruas de Amsterdã, após uma partida contra o Ajax pela Liga Europa. Cinco pessoas foram hospitalizadas por algumas horas.
Os ataques aconteceram depois que os torcedores do Maccabi gritaram frases antiárabes, destruíram um táxi e queimaram uma bandeira palestina.
Outro homem, identificado como Umutcan A., 24 anos, foi condenado a um mês de prisão por agredir torcedores e arrancar violentamente um cachecol do Maccabi de um deles.
A polícia informou que investiga pelo menos 45 pessoas por atos de violência, incluindo aqueles perpetrados por torcedores do clube israelense.
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