Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Eslováquia, Peter Kazimir defendeu nesta segunda-feira, 16, que a estratégia de redução gradual dos juros em 25 pontos-base a cada reunião “ainda é a mais prudente”. Segundo ele, a flexibilidade e a dependência de dados devem seguir como as bases da abordagem do banco central, em um “horizonte econômico que é tudo, menos previsível”.

Kazimir ponderou que os dirigentes podem tomar ações mais decisivas para aliviar o peso sobre a economia, mas reforçou que o BCE deve “resistir a tentação de reagir a pressões de curto prazo”. “Um relaxamento monetário mais agressivo exigiria uma mudança dramática nas condições econômicas para justificá-lo. Pode ser útil no curto prazo, mas traz riscos de estender demais o uso de nossas ferramentas sem endereçar as causas principais da recuperação lenta da Europa”, apontou.

Para o dirigente, o crescimento econômico fraco europeu é estrutural e requer reformas amplas, como revitalizar a atividade de investimentos e expandir iniciativas de inovação.