15/12/2024 - 11:39
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu alta hospitalar neste domingo, 15, depois de passar por dois procedimentos cirúrgicos em razão de uma hemorragia cerebral sofrida na segunda-feira, 9.
O anúncio foi feito pela equipe médica que acompanhou o petista no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Durante o pronunciamento, o próprio Lula se pronunciou: “Estou certo de que estou curado, mas preciso me cuidar“.
Dias de hospital
“Comecei a me sentir mal na segunda-feira. Estava com dores de cabeça, olhos vermelhos, muito sono e me sentindo estranho. Decidi chamar minha médica [Ana Helena Germoglio] (…) Essa equipe de São Paulo avaliou minha tomografia e pediu que eu viesse urgentemente para cá“, disse o presidente.
Na data em questão, ele sofreu uma hemorragia cerebral, o que provocou a viagem emergencial à capital paulista para a realização de uma trepanação. “Confesso a vocês que fiquei assustado com a urgência que me pediram para vir para cá. Ao chegar, nem sei quanto tempo a cirurgia durou. Graças a eles [médicos], a Deus, à [primeira-dama] Janja e aos enfermeiros que cuidaram de mim, estou certo de que estou curado, mas preciso me cuidar“, prosseguiu Lula.
Na quinta-feira, 12, o petista foi submetido a um segundo procedimento para interromper o fluxo sanguíneo em uma parte do cérebro e evitar novos sangramentos. Na ocasião, o site IstoÉ reportou que parlamentares aliados expressaram preocupação com a saúde do chefe do Executivo. Um dia depois, apareceu pela primeira vez desde a internação em um vídeo caminhando pelo hospital.
Prevista para acontecer nos próximos dias, a alta foi anunciada neste domingo. “Preciso ficar pelo menos uns 60 dias mais ou menos tranquilo, mas posso voltar a trabalhar normalmente”, reagiu Lula. “Reivindico o direito de viver até os 120 anos (…) volto inteiro para cuidar do Brasil”, concluiu.
Os próximos passos
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, Lula não retorna a Brasília e terá de ficar em São Paulo até quinta-feira, 19, para monitoramento. “É uma alta hospitalar, não uma alta médica. Natural que haja exigência de acompanhamento e algumas restrições, mas nada que impeça as atividades do cargo”, disse.
Entre as restrições mencionadas, o presidente deve ficar afastado de atividades físicas e não poderá fazer viagens internacionais até segunda ordem.