O ex-ministro Walter Braga Netto estava em uma viagem de férias em Alagoas com a família antes de ser preso pela Polícia Federal neste sábado, 14, no Rio de Janeiro.  Ele é alvo do chamado inquérito do golpe.

De acordo com informações da GloboNews, a PF aguardou o general retornar para a casa no Rio para realizar a prisão e evitar o constrangimento de prender o investigado na frente dos netos dele. Ainda segundo a emissora, o mandato de prisão do ex-ministro havia sido expedido na quinta-feira, 12.

Em nota, a PF informou que são cumpridos neste sábado um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra investigados que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

De acordo com a corporação, a medida “tem como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas”.

Plano de golpe de Estado

Braga Netto é alvo da investigação da PF que indiciou também Bolsonaro e mais 35 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

Entre os indiciados, estão ex-ministros do governo Bolsonaro, ex-comandantes do Exército e da Marinha, militares da ativa e da reserva e ex-assessores do ex-presidente.

A investigação aponta Braga Netto como chefe do grupo que planejou a intervenção militar. Ele teria aprovado e financiado um plano para matar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A investigação da PF também aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de “forma direta e efetiva” no planejamento de um golpe de Estado em 2022.

O documento foi encaminhado ao STF e teve seu sigilo derrubado por Alexandre de Moraes.

O relatório foi enviado para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão responsável por avaliar as provas e decidir se denuncia ou não os investigados.