12/12/2024 - 13:33
ROMA, 12 DEZ (ANSA) – Um grupo de pesquisadores na Itália descobriu um mecanismo que é tratado como um dos motores da empatia, além de abrir novas perspectivas para uma melhor compreensão das condições psiquiátricas.
De acordo com o estudo, publicado na revista Nature Neuroscience, esse mecanismo é ativado quando o indivíduo observa um evento negativo muito semelhante a outro já vivenciado anteriormente.
Os estudiosos apontam que a novidade possibilitará que os profissionais da área possam compreender melhor as alterações cognitivas em casos de transtorno de estresse pós-traumático, autismo e esquizofrenia.
Os cientistas identificaram também uma molécula envolvida na regulação da resposta empática de uma pessoa, pois as reações às emoções dos outros são profundamente influenciadas pelas vivenciadas anteriormente e que, quando confrontadas com a mesma situação observada em outro indivíduo, todos podem ter reações diferentes, até mesmo opostas.
“Compreender mais precisamente como funcionam estes mecanismos cerebrais poderia nos ajudar a esclarecer muitos aspectos das reações humanas às emoções de outras pessoas”, disse Francesco Papaleo, do Instituto Italiano de Tecnologia.
Analisando o comportamento dos ratos, os pesquisadores descobriram que um papel fundamental é desempenhado por alguns neurônios específicos do córtex e, em particular, pela produção de corticotropina, um regulador das respostas empáticas e já conhecido pelo seu envolvimento na resposta ao estresse.
Segundo os autores da pesquisa, os neurônios que produzem essa molécula funcionam como uma espécie de memória emocional, capaz de influenciar reações subsequentes a estímulos socioemocionais. (ANSA).