Paciente na Itália tem sintomas de ‘doença misteriosa’ do Congo; veja o que se sabe sobre o surto

Um homem que retornou do Congo recentemente apresentou sintomas semelhantes aos de gripe, potencialmente atribuíveis à doença misteriosa que afeta algumas regiões do país africano.

O paciente, cuja identidade não foi revelada, foi hospitalizado na cidade de Lucca, na região da Toscana, e já recebeu alta, informou Maria Rosaria Campitiello, chefe do Departamento de Prevenção do Ministério da Saúde neste domingo (8).

O cidadão ficou internado no hospital San Luca, em Lucca, de 22 de novembro a 3 de dezembro, dia em que recebeu alta porque havia se recuperado.

Nesta manhã, porém, o hospital informou ao Instituto Superior de Saúde que está monitorando a situação e analisará as amostras coletadas.

Além disso, na última sexta-feira (6), o Ministério da Saúde da Itália aumentou o nível de atenção sobre a doença ainda não identificada que já provocou a morte de mais de 70 pessoas na República Democrática do Congo.

O governo italiano solicitou que os gabinetes de saúde marítimo, aéreo e fronteiriço “estejam atentos a todos os pontos de entrada, principalmente aos voos diretos” da região.

O que se sabe sobre a doença

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença “misteriosa”, semelhante à gripe, é provavelmente causada por um “agente patogênico respiratório”. Os sintomas incluem dor de cabeça, tosse, febre, dificuldade para respirar, dores musculares e fadiga.

Segundo o Ministério da Saúde do Congo, 30 pessoas morreram devido à doença em novembro, conforme dados fornecidos à OMS. No entanto, a agência Reuters informou que médicos relatam que o número de vítimas já chega a quase 150.

Os primeiros casos foram detectados no final de outubro e parecem impactar principalmente os jovens, com os menores de cinco anos sendo os mais vulneráveis à nova cepa. Especialistas da OMS, que estão no local, alertam que a doença afeta o sistema respiratório, mas não se trata de Covid-19.

Panzi, onde mais casos da doença foram detectados, passa por problemas relacionados a um sistema de saúde precário. Na região localizada na República Democrática do Congo, 40% da população não tem acesso à água potável.