Maíra Cardi, 41, anunciou nesta segunda-feira, 2, a gravidez do primeiro filho com Thiago Nigro, 34, com quem é casada desde de 2023. No mesmo dia, a famosa também revelou a retirada de um implante hormonal que havia colocado antes do conhecimento da gestação.

Para entender melhor o procedimento, o site IstoÉ Gente entrou em contato com a Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela SBEM e a Dra. Karina Tafner, especialista em ginecologia e obstetrícia pela Santa Casa de São Paulo.

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“Implante hormonal é uma pequena cápsula inserida sob a pele, que libera hormônios de forma contínua no organismo. Ele é considerado uma via de reposição hormonal, sendo uma entre várias opções disponíveis, como comprimidos, adesivos, injeções ou géis”, explica a endócrina.

Segundo ela, o dispositivo oferece uma alternativa prática e de liberação prolongada para reposição ou modulação hormonal, tratando condições como menopausa, endometriose ou contracepção.

Contraindicações

Mesmo com a produção de substâncias importantes para o funcionamento do organismo, os implantes não são indicados para o uso durante a gravidez, uma vez que podem apresentar riscos para a mãe e o feto.

“O ambiente hormonal alterado, independentemente de onde venha esse hormônio, pode interferir no desenvolvimento saudável do feto, principalmente nas primeiras semanas de gestação, quando ocorre a formação dos principais órgãos”, aponta a Dra. Karina.

“Hormônios como a testosterona, que podem estar presentes em implantes, podem influenciar o desenvolvimento dos órgãos genitais, especialmente em fetos femininos, levando a efeitos como virilização (desenvolvimento de características masculinas)”, completa.

Ela ainda conta que todos os hormônios utilizados pelo organismo durante a gestação são produzidos normalmente, e caso aconteça o surgimento de uma patologia que necessite de reposição hormonal, deverá avaliado e tratado de acordo com orientação médica.

Além do risco para gestantes, o implante também pode ser perigoso para aqueles que possuem determinadas condições, como esclarece Thais: “Eles não são recomendados para pacientes com histórico de câncer de mama, doenças hepáticas, distúrbios cardiovasculares graves ou alergia aos componentes do implante”.

Organismo pós-implante

A metabologista explica que a retirada do implante já começa a cessar normalmente. “Esse processo varia conforme o tipo de hormônio e a sensibilidade individual, mas geralmente ocorre em semanas ou meses”, e que “não é necessário um processo específico para eliminar os hormônios do implante, pois eles são naturalmente metabolizados pelo organismo”.

Mas a especialista em ginecologia faz um alerta: enquanto os implantes absorvíveis são metabolizados naturalmente, os inabsorvíveis requerem remoção cirúrgica dependendo do tempo de uso ou localização anatômica.

O implante pode tornar uma gravidez de risco?

Thais Mussi reponde: “O uso de implantes hormonais durante a gravidez não é recomendado e deve ser evitado. No entanto, caso uma gravidez ocorra enquanto o implante ainda está presente, o impacto dependerá de fatores individuais. Por isso, é fundamental buscar orientação médica imediatamente”.

*Dra. Thais Mussi, CRM: 27542-PR, é formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).

* Dra. Karina Tafner, CRM: 118.066, é formada em medicina pela instituição Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Santa Casa de São Paulo e Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo.

*Estagiária sob supervisão