São Paulo, 3 – A Nova Zelândia registrou seu primeiro caso de gripe aviária altamente patogênica (HPAI), informou na segunda-feira, 2, o Ministério de Indústrias Primárias. O surto foi confirmado em uma granja comercial de ovos, administrada pela Mainland Poultry, na zona rural de Otago, onde testes indicaram a presença da cepa do subtipo H7N6.

Cerca de 40 mil aves devem ser sacrificadas e o país suspendeu as exportações de aves até que a doença seja erradicada, afirmou em entrevista coletiva o ministro Andrew Hoggard.

Medidas de controle de movimentação foram implementadas, incluindo o estabelecimento de uma zona de contenção de 10 quilômetros ao redor da propriedade infectada. De acordo com a Organização Mundial de Saúde animal, o sequenciamento do vírus revelou semelhanças com uma cepa de baixa patogenicidade previamente identificada em aves selvagens da Nova Zelândia.

“Embora não seja o tipo H5N1 que está circulando entre a vida selvagem ao redor do mundo e tem causado preocupação, estamos levando essa descoberta muito a sério”, afirmou em nota o diretor-geral adjunto da Biosecurity New Zealand, Stuart Anderson.

Segundo ele, os testes indicam que o caso não tem relação com a cepa H7 identificada na Austrália no início deste ano, e a suspeita é de que o surto tenha se desenvolvido a partir de interações com aves aquáticas e selvagens locais.

“É importante notar que a cepa encontrada nesta granja não é uma variante adaptada à vida selvagem, como o H5N1, então acreditamos que é improvável que seja transmitida a mamíferos”, acrescentou Anderson.