02/12/2024 - 15:01
TEL AVIV, 2 DEZ (ANSA) – As Forças de Defesa de Israel (IDF) admitiram nesta segunda-feira (2) que realizaram diversos ataques no Líbano nos últimos dias, enquanto o Hezbollah confirmou ter respondido com mísseis a bombardeios israelenses.
Por sua vez, Estados Unidos e França alertaram o governo do premiê Benjamin Netanyahu sobre violações do cessar-fogo anunciado na semana passada.
Hoje, durante telefonema com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, o chanceler israelense, Gideon Sa’ar, negou o descumprimento da trégua e disse que o país está apenas “aplicando o cessar-fogo ante as violações do Hezbollah, que exigem uma resposta imediata em tempo real”.
Sa’ar acrescentou ainda que “a própria presença do Hezbollah ao sul do rio Litani [no Líbano] é uma violação fundamental, já que deveriam estar ao norte”. “O acordo de cessar-fogo com o Líbano deve abrir caminho para um cessar-fogo imediato em Gaza, para a libertação de todos os reféns, além da entrada massiva da ajuda humanitária”, alertou Barrot.
As IDF mantiveram o discurso de seu ministro e afirmaram que o grupo xiita “representa um perigo ao Estado de Israel e violou o acordo”. O exército informou que os ataques israelenses atingiram diversos veículos militares utilizados no transporte de armas, além de vários membros do Hezbollah.
Os militares também informaram que a milícia xiita disparou nesta segunda dois mísseis na fronteira entre os países, na região do Monte Dov. Os foguetes teriam explodido em áreas abertas, sem deixar feridos.
O Hezbollah confirmou os ataques, dizendo que “foi a primeira advertência” contra a quebra do acordo de cessar-fogo por parte de Israel, além da “contínua violação do espaço aéreo libanês por parte dos israelenses”.
Segundo fontes citadas pelo portal Ynet, os EUA também advertiram que as IDF “violaram a trégua, principalmente com o retorno visível e audível dos drones no céu de Beirute”.
O enviado especial americano para a região, Amos Hochstein, teria mandado uma mensagem exortando Israel a respeitar o acordo, mas o gabinete de Netanyahu não quis comentar o assunto.
(ANSA).