Deborah Blando, 55, utilizou as redes sociais para revelar uma condição que a acompanha desde os 19 anos. No meio de um tratamento para dor crônica, a cantora confessou que possui a doença fibromialgia.

“Tenho muitas estórias de trabalhos que fiz com dor que vocês conhecem e nem imaginam. Tenho mais tempo com fibromialgia do que sem. São 36 anos com essa doença”, começou.

Ela ainda comenta que antes do diagnóstico possuía muita vergonha de assumir que estava com dor. “As pessoas não acreditam que você seja tão forte que consegue sorrir e trabalhar com dor ou prestar atenção e rir da piada do outro com dor. Mas aprendemos a nos deixar para trás. Nosso corpo por último é esse e um dos motivos da fibromialgia se desenvolver.”

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Revelando ter morado na Inglaterra por mais tempo que o necessário, Deborah contou que voltou para o Brasil atrás de uma cura: “Meus filhos estavam com câncer terminal e eu tive que esperar a horinha deles partirem e depois a minha de voltar para a temperatura tropical. Depois de passar pelas Ilhas Canárias, Flórida. Cheguei no Brasil, tudo atrás de uma cura”.

No final da postagem, a cantora prometeu voltar para dar mais atualizações para os seguidores e tranquilizou os fãs ao comentar que está se tratando com o especialista em medicina da dor, o Dr. Wuilker Knoner Campos.

“Eu vou deixar aqui um pedido: Por favor não julgue nunca ninguém que diz que está com dor. São dores invisíveis, você não vê mas isso não quer dizer que não dói.”

Entenda o que é fibromialgia

Em maio deste ano, o site IstoÉ conversou com o reumatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Edgard Reis para entender melhor a condição.

Sendo uma síndrome dolorosa crônica, os principais doenças da fibromialgia são:

  • Dor difusa (no corpo todo) e crônica (tem duração superior a três meses);
  • Fadiga/indisposição;
  • Distúrbios de humor ou psiquiátricos (alterações de humor, ansiedade, depressão);
  • Distúrbios do sono (insônia, dificuldade de atingir as fases profundas do sono, sono não-restaurador);
  • Alterações cognitivas e de memória.

Segundo o médico, o diagnóstico da condição é realizado de forma clínica. “O médico vai ter uma boa anamnese com o paciente, conversar sobre seu histórico, quando começaram as dores, quais são os sintomas associados. Depois, vai fazer um bom exame físico, avaliar se o paciente tem alterações que chamem atenção para outras doenças e, em alguns casos selecionados, solicitar alguns exames laboratoriais para afastar outras condições que possam causar alterações semelhantes à fibromialgia.”

Tratamento

“Os cuidados que o paciente deve ter consigo mesmo são tão importantes quanto, ou até mais, do que os medicamentos. O principal tratamento é a prática de exercícios físicos regularmente, que podem ser adaptados de acordo com a capacidade, a vontade, e as condições do paciente”, começa.

“Exercícios aeróbicos, como corrida, caminhada, deep running e hidroginástica são muito benéficos, mas a própria musculação, tai chi chuan, ioga, pilates, também têm evidências científicas. É muito importante que o paciente compreenda o papel que ele tem como ator principal frente ao tratamento da doença na prática de exercícios físicos”, explica.