Marcelo Rubens Paiva, 62, além de ser o autor do livro autobiográfico “Ainda Estou Aqui”, que recentemente foi adaptado aos cinemas e é um forte nome brasileiro para o Oscar 2025, também escreveu o romance “Feliz Ano Velho”, de 1982, onde narra um acontecimento da juventude que o deixou tetraplégico aos 20 anos.

O momento trágico mostrado de relance no longa estrelado por Fernanda Torres aconteceu durante uma festa 40 anos atrás. Em dezembro de 1979, Marcelo e alguns amigos decidiram tomar banho em uma cachoeira próxima a rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, para comemorar o terceiro ano da faculdade de engenharia agrícola.

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Ao pular do alto de uma pedra, Paiva bateu a cabeça no fundo do lago raso, e como narrou em sua obra: “Não mexia os braços nem as pernas, somente via a água barrenta’”. No acidente, ele quebrou a quinta vértebra cervical e comprimiu a medula, ficando tetraplégico. Algum tempo depois da tragédia, o autor passou por sessões de fisioterapia e terapia que o ajudaram a recuperar o movimento das mãos e dos braços.

Em uma entrevista concedida à coluna Época em 2015, Marcelo Rubens Paiva afirma que o livro serviu para mostrar que ainda era o mesmo. “Continuava tendo os mesmos desejos, queria trabalhar, lia os mesmos livros, debatia com meus amigos sobre cinema. Não queria a pecha do deficiente coitadinho, doente.”

Lançado 42 anos após “Feliz Ano Velho”, o filme “Ainda Estou Aqui” está nos cinemas. A produção estreou em 7 de novembro. O longa conta a história da família Paiva durante a Ditadura Militar, que ceifou a vida de Rubens Paiva, ativista e pai de cinco filhos: Vera, Eliana, Ana Lúcia, Maria Beatriz e Marcelo.