26/11/2024 - 12:59
O presidente eleito Donald Trump, do Partido Republicano, estaria considerando remover todas as pessoas transgênero que atuam nas Forças Armadas dos EUA. A informação foi publicada nesta segunda-feira, 25, pelo jornal britânico “The Times”, que citou fontes da defesa. O time de transição do governo negou a afirmação.
A estimativa é de que 15 mil pessoas trans atuem nas Forças Armadas do país e Trump as expulsaria do serviço militar assim que assumisse no dia 20 de janeiro por meio de uma ordem executiva. Os agentes receberiam uma dispensa médica que determinaria a impossibilidade de servirem no Exército dos EUA.
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Ainda, o republicano iria impedir pessoas trans de se alistarem, medida que ele já tomou em 2018, durante seu primeiro mandato. Ao longo da campanha, Trump criticou as práticas “woke” das Forças Armadas e os generais de alta patente interessados na diversidade.
Segundo o site da revista “Newsweek”, Karoline Leavitt, porta-voz do time de transição do governo republicano, negou a possibilidade de pessoas trans serem removidas das Forças Armadas e disse que fontes não identificadas estão “especulando e não tem nenhuma ideia do que realmente estão falando”.
“Nenhuma decisão sobre essa questão foi tomada. Nenhuma política deveria ser considerada oficial a menos que venha diretamente do presidente Trump ou de seus porta-vozes autorizados”, acrescentou Karoline.
Apesar da negativa, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene, parlamentar eleita pelo estado da Geórgia (EUA), fez uma publicação no X (antigo Twitter) alegando que a dispensa de pessoas trans das Forças Armadas iria “melhorar o recrutamento e economizar dinheiro”.
O indicado de Trump para ser seu Secretário de Defesa, Pete Hegseth, um veterano que serviu no Afeganistão e no Iraque, declarou em um podcast que mulheres não deveriam atuar em funções de combate nas Forças Armadas por terem feito “batalhar ficar mais complicado” ao invés de tornar o exército mais eficiente.
A permissão de pessoas trans atuarem nas Forças Armadas foi concedida pela primeira vez ainda durante a gestão de Barack Obama. A medida foi revogada por Trump em 2018 e novamente estabelecida por Joe Biden três anos depois.