O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 1,5 ponto porcentual na passagem de outubro para novembro, informou nesta terça-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador atingiu 95,7 pontos, o menor nível desde abril de 2024 (95,2 pontos).

“Em novembro, a cautela cedeu ao pessimismo: a confiança setorial desceu um degrau distanciando-se do patamar que denota percepção otimista, seja em relação à situação corrente ou aos próximos meses”, destacou, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.

Ela avalia que esse movimento, principalmente em relação às expectativas atuais, não representa o enfraquecimento da atividade, que ainda segue “forte”, refletindo o ciclo recente de negócios, mas sim questões relacionadas como a falta de mão de obra qualificada e a consequente elevação dos custos. “Mas a perspectiva de um cenário mais difícil nos próximos meses já reflete na piora das expectativas”, atenta ela.

Houve, nesta leitura, recuo de 1,3 ponto no Índice de Situação Atual (ISA-CST) e queda de 1,7 ponto no Índice de Expectativas (IE-CST). A queda do ISA-CST foi puxada pelo recuo do indicador de volume de carteira de contratos que cedeu 3,5 pontos, para 94,1 pontos, enquanto o indicador de situação atual dos negócios avançou 0,9 ponto, para 96,8 pontos.

Já no IE-CST, os dois componentes recuaram: indicador de demanda prevista nos próximos três meses cedeu 1,9 ponto, atingindo 98,1 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuiu 1,5 ponto, chegando aos 94,0 ponto.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção caiu 0,7 ponto porcentual, para 79,0%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos caíram 0,6 e 1,6 p.p, respectivamente, nesta leitura.