Duas explosões em cerca de 20 segundos atingiram na noite desta quarta-feira (13) a Praça dos Três Poderes, em Brasília, e deixaram pelo menos uma pessoa morta.

O incidente ocorreu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), e a área foi isolada pela polícia, que abriu um inquérito para apurar as causas.

Segundo o portal G1, a Polícia Federal vai encaminhar o inquérito ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, por considerar a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes.

“Ao final da sessão do STF desta quarta-feira, dois fortes estrondos foram ouvidos, e os ministros foram retirados do prédio em segurança”, diz um comunicado do Supremo.

“Os servidores e colaboradores do edifício-sede foram retirados por medida de cautela. Mais informações sobre as investigações devem aguardar o desenrolar dos fatos. A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF”, acrescenta a nota.

Uma testemunha relatou ter visto um homem lançando artefatos contra a estátua que representa a Justiça diante do Supremo e caindo logo em seguido. Também circulam vídeos nas redes sociais que mostram um carro explodindo. Relatos apontam que a vítima pode ser esse mesmo cidadão, cuja identidade ainda é desconhecida.

Até o momento não há informações sobre o que provocou as explosões. A Polícia Civil do DF informou que seus agentes estão no local e já deram início às primeiras providências investigativas e a perícia foi acionada.

Uma varredura nos arredores também está sendo feito pelo esquadrão antibombas para verificar se existem outras ameaças. O caso é tratado como “gravíssimo” pelas autoridades.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, inclusive, está com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Alvorada para informá-lo em tempo real sobre os desdobramentos.

Paralelamente ao incidente, estavam ocorrendo sessões de plenário na Câmara, suspensa em meio à discussão da proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a imunidade tributária para igrejas, e no Senado, cujo debate foi mantido até cerca de 21h.

De acordo com o secretário de Segurança do DF, Sandro Avelar, a Esplanada dos Ministérios foi fechada, enquanto todos tentam “entender o que aconteceu”. “Estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada”, concluiu.