A Seleção Brasileira, que volta a contar com Vinícius Júnior, espera confirmar sua reação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 nesta quinta-feira (14), quando visita a Venezuela.

No momento em que a palavra “crise” mais atormentava, a equipe reagiu na última rodada dupla com vitórias sobre Chile (2 a 1) e Peru (4 a 0) e agora tentará manter a ascensão no Estádio Monumental de Maturín.

“Não pensem que teremos um jogo simples. Esqueçam aquilo que foram Venezuela, Bolívia, essas equipes no passado bem próximo, hoje a ordem mundial vem mudando muito”, declarou o técnico Dorival Júnior em entrevista coletiva em Belém, onde o Brasil se prepara para enfrentar a seleção venezuelana.

Apesar disso, Dorival expressou “confiança”.

“Existe uma confiança muito grande por aquilo que estamos vendo nos treinamentos e que eu espero que possamos repeti-lo no campo”, ressaltou o treinador.

A seleção ‘Vinotinto’ empatou com a Argentina em seu último jogo como mandante (1 a 1), em um campo inundado pela chuva. Depois, foi derrotada fora de casa pelo Paraguai (2 a 1).

A Argentina lidera a tabela com 22 pontos, seguida por Colômbia (19), Uruguai e Brasil (ambos com 16). A Venezuela perdeu terreno e ocupa a oitava colocação (11 pontos), fora da zona de classificação para o Mundial.

– Revanche após a Bola de Ouro –

Fora dos dois últimos jogos por lesão, Vini Jr. volta à Seleção após a polêmica em torno da Bola de Ouro, prêmio ao qual o atacante do Real Madrid era favorito, mas foi entregue ao volante espanhol Rodri (Manchester City).

“Eu farei 10 vezes se for preciso. Eles não estão preparados”, prometeu Vini em uma mensagem nas redes sociais após essa decepção.

O atacante mostrou sua vontade de brilhar no último fim de semana, com um hat-trick na goleada do Real Madrid por 4 a 0 sobre o Osasuna pelo Campeonato Espanhol.

Vini tem a responsabilidade de comandar o ataque da Seleção, já que Neymar ainda não está pronto e voltou a se machucar depois de voltar aos gramados pelo Al-Hilal, enquanto Rodrygo será desfalque nos dois últimos jogos do ano.

Na defesa, Éder Militão foi cortado da convocação depois de sofrer uma grave lesão no joelho direito e não deve jogar pelo restante da temporada.

– “Soco na mesa” –

“Estávamos muito bem no ano passado, mas haveria momentos de oscilação”, disse o técnico da Venezuela, o argentino Fernando Batista, ao se referir aos resultados negativos da equipe nas últimas rodadas.

Em entrevista à DirecTV, Batista declarou que a visita do Brasil à Venezuela “é um jogo para dar o soco na mesa e mostrar para o que viemos”.

A Venezuela vem de seis rodadas sem vencer nas Eliminatórias, embora tenha feito uma boa campanha na Copa América, com três vitórias na fase de grupos e eliminação nos pênaltis diante do Canadá nas quartas de final.

Batista terá que cumprir uma rodada de suspensão e a equipe deverá ser comandada por seu auxiliar Leandro Cufré.

– Amigos e rivais –

Jefferson Savarino é uma das principais peças ofensivas da ‘Vinotinto’, ainda mais quando Yeferson Soteldo (Grêmio) está fora por suspensão pelo acúmulo de cartões amarelos.

Savarino terá um encontro com Igor Jesus e Luiz Henrique, seus companheiros no Botafogo, líder do Campeonato Brasileiro e finalista da Copa Libertadores.

Além de Savarino e Soteldo, a seleção venezuelana tem outros quatro jogadores que atuam no futebol brasileiro: o zagueiro Nahuel Ferraresi (São Paulo), os volantes José Martínez (Corinthians) e Tomás Rincón (Santos) e o atacante Kervin Andrade (Fortaleza).

O jogo está marcado para as 18h00 (horário de Brasília), com arbitragem do colombiano Andrés Rojas.

– Escalações prováveis:

Venezuela: Rafael Romo – Jon Aramburu, Rubén Ramírez, Nahuel Ferraresi, Miguel Navarro – Yangel Herrera, José Martínez, Cristian Cásseres Jr. – Eduard Bello, Salomón Rondón, Jefferson Savarino. Técnico: Leandro Cufré.

Brasil: Ederson – Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Abner – Lucas Paquetá, Gerson – Savinho, Raphinha, Vinícius Júnior – Igor Jesus. Técnico: Dorival Júnior.

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