O presidente eleito Donald Trump nomeou nesta terça-feira, 12, o bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e da SpaceX, além de dono da rede social X (antigo Twitter), para liderar o Departamento de Eficiência Governamental. De acordo com o republicano, o objetivo da entidade é a redução das regulamentações e burocracia dos EUA, além de cortar gastos.

Ao longo da campanha, Musk doou mais de 70 milhões de dólares (cerca de R$ 398,4 milhões) à causa republicana e foi classificado pelo jornal francês “Le Monde” como um “ator principal” durante o período eleitoral para que Trump voltasse à Presidência.

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Em setembro deste ano, ainda na campanha, Trump apontou que pretendia criar uma comissão de eficiência governamental liderada por Musk para auditar a administração federal dos EUA.

De acordo com Trump, a comissão deverá recomendar reformas, além de desenvolver um plano para eliminar fraudes e pagamentos indevidos no prazo de seis meses, algo que, segundo ele, levaria o governo a economizar trilhões de dólares.

Nas redes sociais, Musk afirmou à época estar “ansioso para servir a América se a oportunidade surgir”. “Não é necessário pagamento, título ou reconhecimento”, escreveu.

Uma semana após ser eleito, Trump cumpriu a promessa e nomeou Musk e o republicano Vivek Ramaswamy para tomarem conta do Departamento de Eficiência Governamental.

“Juntos, esses dois americanos maravilhosos abrirão o caminho para que minha administração desmantele a burocracia governamental, reduza o excesso de regulamentações, corte os gastos desnecessários e reestruture as agências federais”, afirmou o presidente eleito.

Musk pontuou que sua gestão terá “máxima transparência”. Segundo ele, todas as ações do departamento “serão publicadas online para garantir máxima transparência”. “Sempre que o público achar que estamos cortando algo importante ou deixando de cortar algo desnecessário, basta nos avisar”, disse no X.

Além do cargo no governo, o empresário também se beneficiou de outras formas com a vitória do republicano. De acordo com informações da “Associated Press”, as ações da Tesla dispararam e tiveram alta de 14,8% na quarta-feira, 6, depois da eleição, já que o mercado acredita na possibilidade da empresa se beneficiar com o retorno de Trump à Casa Branca.

Enquanto isso, fabricantes rivais de carros elétricos como a chinesa Nio e as companhias Rivian e Lucid Motors tiveram queda.