BUENOS AIRES, 8 NOV (ANSA) – Três pessoas foram presas na Argentina suspeitas de envolvimento na morte do cantor britânico Liam Payne, falecido após cair do terceiro andar de um hotel em Buenos Aires em 16 de outubro, sob efeito de álcool e entorpecentes.
Um empresário argentino e amigo do artista, que o “acompanhava diariamente” em Buenos Aires, é acusado de “abandono de pessoa seguido de morte”. Os outros suspeitos são um funcionário do hotel Palermo, onde aconteceu a tragédia, e um traficante, que devem responder por “fornecimento e facilitação de drogas”.
As prisões ocorreram após uma extensa investigação que envolveu dezenas de testemunhas e análise de mais de 800 horas de imagens das câmeras do hotel e das ruas da cidade, além do conteúdo do celular do britânico.
Os relatórios dos legistas também foram decisivos. Segundo o Ministério Público, os resultados dos estudos toxicológicos revelaram que “Payne usou álcool, cocaína e um antidepressivo nas 72 horas anteriores à sua morte”.
O relatório da promotoria ainda concluiu que “todas as lesões do cantor são compatíveis às causadas por uma queda de altura”, excluindo “atos de automutilação e intervenção de terceiros”.
Também foram confirmadas as primeiras análises das autoridades, que afirmaram que o músico “não adotou uma postura reflexa para se proteger na queda”, razão pela qual se acredita que “ele estivesse em um estado de semi ou total inconsciência”, excluindo uma “consciência ou ato voluntário”, já que, na condição em que se encontrava, “ele não sabia o que estava fazendo e não tinha compreensão de nada”.
Payne tinha 31 anos e ficou famoso após integrar a banda britânica One Direction, da qual saiu em 2016 para seguir carreira solo. Sua morte comoveu fãs em todo o mundo. (ANSA).