05/11/2024 - 14:01
ROMA, 5 NOV (ANSA) – A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta terça-feira (5) com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, com quem discutiu “o apoio dos aliados à legítima defesa da Ucrânia”.
“O objetivo comum continua sendo construir as melhores condições possíveis para uma paz justa e coordenar o papel que a Otan pode e deve exercer a esse respeito para ajudar a Ucrânia a olhar para o futuro”, declarou a premiê italiana em uma entrevista coletiva conjunta com Rutte, em Roma.
O governo italiano tem apoiado Kiev desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, quando Mario Draghi ainda era o antecessor de Meloni no cargo de premiê. “A Itália sempre fez sua parte desse ponto de vista”, continuou ela.
Meloni destacou ainda que seu país tem “um novo pacote de ajuda militar com foco, como sempre, em sistemas de defesa antiaérea, o que significa, acima de tudo, defender a população civil”.
“A Itália continua a dar 360 graus do ponto de vista humanitário até à reconstrução”, acrescentou a premiê, enfatizando que seu país desempenhou um “papel fundamental dentro da aliança atlântica” e é um “líder na qualidade e quantidade de nossa ação”.
Além disso, explicou que a nação é a maior contribuinte em termos absolutos “para as missões (da Otan) e, portanto, também para o orçamento da aliança militar”.
“Nossos esforços são articulados ao longo do flanco oriental (da aliança), mas também com recursos navais no Mediterrâneo e nosso compromisso histórico com a região dos Balcãs, que é crucial para a Itália”, concluiu.
Já Rutte agradeceu Meloni por sua liderança na Ucrânia e destacou que todos os membros da aliança, incluindo a Itália, se comprometeram a aumentar os gastos com defesa para 2% do PIB.
Por fim, o secretário da Otan e a premiê italiana manifestaram um acordo com uma Aliança Atlântica mais forte no flanco sul. “A Otan tem um conceito de segurança de 360 graus. Temos de continuar a ser capazes de enfrentar ameaças de todos os lados.
E é por isso que, por iniciativa da Itália, adotamos um plano de ação para uma abordagem mais forte, mais estratégica e com mais recursos em relação aos nossos vizinhos do Sul”, concluiu.
(ANSA).