O ativista político cubano Pedro Albert Sánchez, considerado um “prisioneiro de consciência” pela Anistia Internacional (AI), foi solto ontem, após passar quase um ano na prisão, anunciou nesta sexta-feira (1°) sua mulher, Ana Elvis Amaya.

“Pedro já está hoje em casa”, mas “não está totalmente livre”, ressaltou Ana no Facebook, sem dar detalhes do estado de saúde do ativista, de 68 anos, que sofre de câncer de próstata e que estava há dias em greve de fome.

Ana agradeceu os apelos feitos por cidadãos e organizações internacionais, que tornaram possível a libertação de seu marido, um professor de matemática e física conhecido por suas críticas ao governo comunista da ilha.

A AI, que declarou Sánchez “prisioneiro de consciência” em julho, assinalou hoje na rede social X que ele “nunca deveria ter sido preso por sua luta pela liberdade e justiça em Cuba. Pedimos às autoridades que retirem as acusações contra Pedro, para que ele possa viver em total liberdade.”

Há uma semana, a AI pediu ao presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que libertasse Sánchez, condenado a cinco anos de prisão pelos crimes de “desacato” e “desordem pública”, supostamente cometidos durante sua participação nos protestos de 11 de julho de 2021, os maiores registados na ilha desde o triunfo da revolução de 1959.

Devido ao seu estado de saúde, essa sanção foi substituída por liberdade limitada, mas Sánchez voltou a ser preso em novembro de 2023, quando tentava chegar à sede da União Europeia em Havana para solicitar uma reunião com o representante especial para os Direitos Humanos, Eamon Gilmore, que visitava Cuba. Dias depois, autoridades o transferiram de volta para a prisão.

O governo cubano nega a existência de presos políticos na ilha e acusa os opositores de serem “mercenários” dos Estados Unidos.

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