As campanhas dos candidatos Donald Trump e Kamala Harris passaram a enviar inúmeras mensagens a eleitores americanos em uma tentativa de arrecadar fundos para a corrida eleitoral nos últimos dias antes da eleição dos EUA, que será realizada na terça-feira, 5.

Algumas das mensagens contêm textos catastróficos que colocam a possibilidade de um cidadão “salvar o futuro da República” com a doação de sete dólares (cerca de R$ 40,79). Apesar de parecer um golpe, especialistas apontam que a maioria das tentativas de contato são reais. As informações são da “Associated Press”.

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Em algumas mensagens, as campanhas simulam ao eleitor que ele está recebendo mensagens dos próprios candidatos ou de personalidades famosas como Nancy Pelosi, George Clooney ou até mesmo Donald Trump Jr.

“Por favor, não doe cinco dólares para ajudar o papai antes do último prazo. Estou falando sério. Não doe… Deixe-me explicar”, aparece em uma das mensagens creditada ao filho do candidato republicano. A “explicação” de Trump Jr. leva o destinatário a um link em que podem ser feitas doações maiores, de 20 a 47 dólares.

Em outros textos, Trump escreve que irá vender um boné de sua campanha por 50 dólares e, se o eleitor comprar o adereço até a meia noite, receberá o item autografado e com uma mensagem pessoal. “Acabei de sair do McDonald’s. Tenho um McPresente para você! É o Presidente Trump, quer dar uma olhada?”, aparece em outra mensagem creditada ao ex-chefe de estado.

Já a democrata tem tentado apelar para um toque de “intimidade”, enviando mensagens com o nome do eleitor que receberá o texto. “Oi Chris, é a Kamala Harris. Significaria muito para mim se você fizesse mais uma doação a nossa campanha antes do meu evento na CNN.”

A mensagem foi enviada a eleitores antes do aparecimento da candidata na emissora de TV.

Mesmo com a grande possibilidade de as mensagens serem reais, alguns grupos estão se aproveitando para dar golpes em eleitores, se passando pelas campanhas para conseguir dinheiro de cidadãos ou coletar informações pessoais.

A Liga das Mulheres Eleitoras de Wisconsin escreveu para as autoridades americanas que muitas mensagens fraudadas foram enviadas a cidadãos por um grupo anônimo que os ameaçava de multa ou prisão caso votassem fora do estado. O golpe tentava intimidar estudantes, que muitas vezes cursam faculdades em outros territórios, a não votarem.