Integrante de esquema sob investigação diz ter proximidade com ministro, cujo nome é mantido em segredo. Não está claro se a relação era real ou se lobista estava indicando influência que não tinha

As mensagens encontradas no telefone celular de um advogado morto em dezembro do ano passado em Cuiabá que levaram à descoberta de um suposto esquema de venda de decisões judiciais incluem menção ao nome de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O PlatôBR apurou que, nas mensagens, um dos integrantes da quadrilha insinua ter proximidade com esse ministro. Não há, porém, dados concretos que indiquem se ele estava falando a verdade ou apenas vendendo uma influência que não tinha.

Segredo absoluto
O nome do ministro citado é mantido em segredo. A menção está na íntegra do material obtido por investigadores do Mato Grosso ao ter acesso ao celular do advogado morto. Era por meio desse aparelho que o advogado se comunicava com o lobista Andreson Gonçalves, apontado como chefe de um esquema que vendia acesso privilegiado a decisões de ministros de outra alta corte de Brasília, o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Investigação no STF

Em razão das suspeitas envolvendo o Poder Judiciário, as mensagens foram enviadas pela Polícia Civil de Mato Grosso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, que em seguida as encaminhou à Polícia Federal e à Justiça Federal. Depois, por causa das evidências de que o esquema envolvia gabinetes do STJ, a Procuradoria-Geral da República pediu que o caso fosse transferido para o STF, onde está agora sob a relatoria do ministro Cristiano Zanin.

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