Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

Aposta no caos deu em lama

Aposta no caos deu em lama

Grandes escritórios de advocacia apostaram forte para defender vítimas do rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), e pegaram dinheiro no mercado financeiro prometendo retorno lucrativo com indenização de mais de R$ 100 bilhões em processo na Corte de Londres, contra a sócia da mineradora, a britânica BHP. Agora, correm risco de o lamaçal da ganância atingir suas bancas com o acordo fechado no Brasil entre a Samarco, sócia da BHP, e associações das vítimas, prefeituras e ONGs, no total de R$ 170 bilhões. Bateu o desespero no escritório londrino Pogust Goodhead, que representa cerca de 700 mil brasileiros afetados pelo crime ambiental. Caso a Corte britânica reconheça o acordo no Brasil e arquive a ação, o prejuízo da banca é de mais de US$ 500 milhões. Outro problema: há informes de que prefeituras venderam créditos futuros, de eventuais indenizações, a advogados que apostaram na vitória na Justiça londrina. Se os juízes britânicos arquivarem a ação, a gafe será mundial.

Caso Corte de Londres arquive a ação contra a BHP, reconhecendo o acordo no Brasil, a gafe das bancas será mundial – e com prejuízo bilionário

Brasil na rota do mercado bélico

Principal sócio comercial dos sheiks na América do Sul, o Brasil emerge como novo parceiro de segurança e mercado para as exportações de armas da crescente indústria de defesa dos Emirados Árabes Unidos. Isso passa pelo EDGE Group, composto por 35 entidades e players nas indústrias de tecnologia e defesa. O diretor do grupo no Brasil é Tiago Silva. Em maio de 2022, o deputado o apresentou ao Edge Group, em Abu Dhabi. Agora, o consórcio abre seu 1º escritório internacional em Brasília como sede para a América Latina.

A virada de Mabel

Aposta no caos deu em lama

Ronaldo Caiado (União Brasil), à esquerda, e Sandro Mabel (União Brasil), ao centro

Eleição curiosa é a de Goiânia. O governador Ronaldo Caiado (União) resolveu tirar do ocaso do Poder Sandro Mabel (União), ex-deputado federal de baixo clero, e o fez prefeito com sua força política. Mabel é famoso por fundar fábrica de massas e biscoitos com seu nome. A de massas vendeu há anos por quase R$ 1 bilhão para uma multinacional.

Xi exige de Lula a segurança máxima

O presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim, em 5 de setembro de 2024 - POOL/AFP/Arquivos

O presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim

A Embaixada da China reforçou com o chanceler Mauro Vieira pedido para rigorosa segurança de nível internacional na visita do presidente Xi Jinping, em novembro, no Rio e em Brasília. No ofício, os chineses cobram medidas com as pessoas envolvidas nos eventos. A Embaixada pede que “a parte brasileira responda pela segurança física e dignidade da delegação (…) e prevendo quaisquer atividades terroristas, manifestações e outras atividades perturbatórias das forças anti-China”. A preocupação é com eventuais protestos pela posição do país contra a independência Taiwan e apoio aos russos contra a Ucrânia.

A paquera de bancos com Tarcísio

A reunião de Lula com presidentes dos seis maiores bancos privados do País, dia 16 no Palácio, não foi apenas para tratar de bets. Embora não tenha sido pauta, a preocupação do Barba é com o sexteto encantado com o governador Tarcísio de Freitas, potencial candidato adversário em 2026.

O salto de Ratinho

O governador Ratinho Jr (PSD) saiu vitorioso em duas das três cidades onde houve 2º turno, com seus candidatos apoiados em Curitiba e Londrina. Ratinho ajudou a eleger 136 prefeitos no Estado. E o saldo confirma não apenas a boa fase do político, como o potencial salto como um nome nacional do partido. Falta Gilberto Kassab aprovar.

A “foto de família”

Não passou despercebido na Cúpula dos BRICS, na “foto de família”, o apoio do Brasil ao Irã. O chanceler Mauro Vieira, representante de Lula da Silva no fórum, foi direcionado pelo cerimonial para o lado do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Na posse de Masoud, Geraldo Alckmin foi colocado ao lado de militar alvo de Israel.

NOS BASTIDORES

Um alívio nas contas

O Governo prepara para 2025 um novo Refis para as prefeituras endividadas com a contribuição para o Regime Geral da Previdência Social. A dívida é impagável para muitas.

Povo dá adeus a Lobão

Uma consulta popular nas urnas da pequena Governador Edison Lobão no 1º turno causou mágoa na família. Com 83,87% dos votos, o povo aprovou a mudança do nome da cidade para Ribeirãozinho do Maranhão.

Itália manda o recado

Debates no Parlamento da Itália para dificultar o acesso causam corrida de pedidos de cidadania italiana: Atualmente, mais de 40 mil brasileiros estão em busca do passaporte vermelho, junto a despachantes ou escritórios especializados.

A Enel no G20

Ao contrário do citado na coluna, a distribuidora de energia Enel (presente em São Paulo e no Rio de Janeiro) não patrocina o fórum G20, e sim a Casa G20, que sedia atividades culturais dos países.