Quatro candidatos do PL às prefeituras de capitais terminaram o primeiro turno à frente, mas foram derrotados no segundo turno das eleições municipais.
Ao todo, 15 capitais escolheram seus prefeitos no domingo, 27, sendo que em cinco delas o eleito teve de reverter uma desvantagem da votação inicial, ou seja, em um terço das definições — o que supera a média histórica de viradas nessas disputas.
Com os novos números, chegou 25 o total de prefeitos eleitos com viradas em capitais, de um total de 132 disputas que foram ao segundo turno desde que a possibilidade passou a existir, em 1992. Apenas em 2012, quando seis mandatários foram eleitos dessa forma, o número foi maior.
As viradas
Belo Horizonte: Na capital mineira, Fuad Noman (PSD) superou uma desvantagem de 7,91% em relação a Bruno Engler (PL) e concluiu o embate direto com 53,76% dos votos válidos.
O prefeito contou justamente com o radicalismo de direita, associado ao oponente, para atrair apoios de PT e PSB e, assim, conquistar votos que foram para candidatos de esquerda no primeiro turno.
Fortaleza: A disputa mais acirrado entre as capitais foi definida em favor de Evandro Leitão (PT) por apenas 10.838 votos a mais do que André Fernandes (PL).
Evandro contou com a força eleitoral do petismo na cidade, que é governada pela esquerda há duas décadas, para reverter uma vantagem de 5,87% do bolsonarista na votação inicial.
Goiânia: O terceiro candidato do PL a sofrer uma virada no domingo foi Fred Rodrigues, derrotado por Sandro Mabel (União Brasil), que consolidou uma margem relevante e teve 55,53% dos votos na virada.
Na capital goiana, quem faturou com a reviravolta foi o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que encampou um conflito na direita com Jair Bolsonaro (PL) para fortalecer o aliado contra o apadrinhado do ex-presidente.
Palmas: Na capital tocantinense, Eduardo Siqueira Campos (Podemos) reverteu a liderança de Janad Valcari (PL), mais uma bolsonarista que ficou à frente na votação inicial, e liquidou a fatura com 53,03% dos votos.
Porto Velho: Na virada mais expressiva do segundo turno, Léo Moraes (Podemos) superou uma desvantagem de 18,88% em relação a Mariana Carvalho (União), e terminou o pleito com relevantes 56,18% dos votos.