Os candidatos à Prefeitura de São Paulo não economizaram nos gastos para financiar suas campanhas neste ano. Pelo contrário, fizeram os partidos tirarem dinheiro do bolso e protagonizaram a campanha mais cara desde 2012. Os dados foram levantados pelo site IstoÉ junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a pesquisa, os candidatos gastaram R$ 129,9 milhões para alavancar suas candidaturas neste ano. O valor é 218% superior ao que foi gasto em 2016, no pleito mais barato desde 2008.

Do total gasto na campanha, Guilherme Boulos (PSOL) foi o campeão de despesas. Podendo usar mais de R$ 94 milhões nos dois turnos, o candidato do PSOL reservou R$ 55 milhões para a campanha. Ao todo, ele arrecadou R$ 81,2 milhões, sendo a maioria dos recursos doados pelo PT e pelo PSOL.

Ricardo Nunes (MDB) também não economizou e gastou R$ 44,6 milhões para financiar sua campanha deste ano. No total, o emedebista arrecadou R$ 51,5 milhões, com as doações de partidos sendo as principais fontes dos depósitos.

Os dois candidatos gastaram mais do que a soma de todos os outros oito concorrentes à cadeira do Edifício Matarazzo. Tabata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB), Pablo Marçal (PRTB), Marina Helena (Novo), Altino Prazeres (PSTU), João Pimenta (PCO) e Bebeto Haddad (Democracia Cristã) gastaram juntos aproximadamente R$ 30 milhões.

A campanha de 2024 foi a segunda mais cara desde 2008 e a mais custosa em 12 anos, de acordo com o levantamento. O pleito deste ano fica atrás apenas de 2012, quando Fernando Haddad (PT) venceu, com R$ 133 milhões em gastos.

As eleições em São Paulo ainda custaram o dobro em comparação com o pleito de 2020. No contexto da pandemia, a eleição que consagrou Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Nunes gastou R$ 52,6 milhões.

Mesmo com a pandemia vigente, a eleição de 2020 não foi a mais barata dos últimos anos. O ano de 2016 foi o mais econômico, com os candidatos investindo cerca de R$ 40,7 milhões.