O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) minimizou as promessas de “bombas” que havia feito contra Ricardo Nunes (MDB) e afirmou que todas estão sendo divulgadas aos poucos. A declaração foi dada após o debate da TV Globo, nesta sexta-feira, 25.

Nas últimas semanas, Boulos havia prometido divulgar novas acusações contra Nunes, mas reservou as denúncias para sua propaganda eleitoral. As peças veiculadas ao longo desta semana apontaram apenas investigações já conhecidas, sem trazer novidades sobre os casos.

“Algumas já apareceram publicamente no nosso programa de televisão, e outras continuam aparecendo. As denúncias de relação do crime organizado com a Prefeitura de São Paulo são graves. Me preocupa, inclusive, a normalização disso por parte da imprensa”, afirmou.

“Estamos falando da gestão da maior cidade do Brasil, onde o crime organizado entrou no transporte público, na milícia dentro da Guarda Civil Metropolitana, e há inquéritos da Polícia Civil relacionando o PCC à Máfia das Creches. É grave o que está acontecendo e não pode ser normalizado”, acusou o candidato. Nunes nega todas as acusações.

Boulos aproveitou as acusações contra Nunes para tentar atingir o emedebista no debate desta sexta. Além da Máfia das Creches, o psolista reforçou outras acusações, como uma suposta participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na gestão de Nunes.

O candidato do PSOL também insistiu na divulgação do sigilo bancário de Nunes. De imediato, o atual prefeito negou e questionou quem seria ele para solicitar tal informação.

Questionado sobre a própria quebra de sigilo, Boulos afirmou que não teria problemas em divulgar o documento, mas não garantiu que o faria.

“Eu não teria nenhum problema em fazê-lo. O desafio que fiz ao Ricardo Nunes foi que ele pudesse fazê-lo. Foi um desafio em resposta a quem me acusou de não trabalhar”, disse.