O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e seus assessores estão sendo alvos de uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, 25, que investiga desvio da cota parlamentar, além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).

De acordo com as investigações da PF, o objetivo final dos investigados seria a destinação de verbas parlamentares em favor desta OSCIP.

No total, a operação ‘Discalculia’ cumpre 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO), e Goiânia (GO).

Os crimes investigados são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

Por meio de um vídeo divulgado no Instagram, o deputado federal disse que foi acordado de manhã com a porta da sua casa sendo esmurrada pelos agentes federais, “sofri busca e apreensão a mando (do ministro) Alexandre de Moraes”. O parlamentar ressaltou que o inquérito está sob sigilo e foi aberto no dia 24 de setembro.

“[…] Eu nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime, mas estou sendo tratado como um criminosos pela Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes […]”, completou.

Conforme a PF, a operação recebe o nome de “Discalculia” – transtorno de aprendizagem relacionado a números – porque foi identificada falsificação na Ata de Assembleia da constituição da OSCIP, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.