O juiz Richard Boulware emitiu, nesta terça-feira (23), uma aprovação preliminar aos novos termos de acordo alcançados entre o UFC e um grupo de lutadores, para encerrar um processo antitruste contra a organização estadunidense de MMA. Com este novo acordo, o Ultimate terá de pagar US$ 375 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões). O valor líquido, que chegará aos lutadores ainda, dependerá da dedução das taxas referentes ao caso.

O processo foi iniciado em 2014 pelo lutador chinês Cung Le, em parceria com outros nomes como Nate Quarry, Jon Fitch, Kyle Kingsbury e Brandon Vera. A ação afirma que o UFC mantinha poder de monopsônio — estrutura em que apenas um comprador controla o mercador —, e que o obteve através de contratos exclusivos, coerção e aquisições que eliminaram potenciais concorrentes.

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Este novo acordo foi defendido por cartas produzidas por mais de 150 lutadores dentre os cerca de 12000 atletas que estão contemplados pelo caso, incluindo declarações de Wanderlei Silva, Lyoto Machida e Fabricio Werdum. O juiz Boulware alegou, segundo veículos da mídia norte-americana, que as cartas foram parte significativa da decisão de aprovar o caso.

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Ainda resta um segundo processo antitruste em andamento. Nele, contempla lutadores do UFC de 2017 até o presente, movido pelo atleta Kajan Johnson com apoio do grupo liderado por Cung Le. Os advogados do Ultimate entraram com um pedido de extinção do processo em 7 de outubro, mas o juiz ainda não tomou uma decisão.

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Ao site “MMA Fighting”, o principal advogado do caso, Eric Cramer, diz que pretende seguir “buscando mudanças significativas de negócios e mais danos no nosso segundo caso antitruste contra o UFC”.