O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, disse nesta quarta-feira, 23, que a autarquia identifica que a preocupação do mercado com os rumos da política fiscal tem se traduzido em prêmios na curva de juros futuros.

Na avaliação dele, o risco fiscal também explica a razão pela qual a Selic supera as taxas básicas de juros de países desenvolvidos e de boa parte dos emergentes. A própria taxa neutra de juros do Brasil, ele afirmou, é superior à das outras economias.

“Quando você tenta identificar os fatores que estão por trás desse fenômeno, isso aponta principalmente para as preocupações dos agentes de mercado acerca dos desenvolvimentos fiscais do País”, afirmou o diretor, em encontro com investidores organizado pela XP Investimentos durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, nos Estados Unidos.