Guilherme Boulos (PSOL), candidato à prefeitura de São Paulo, recebeu R$ 15 milhões em repasses do fundo eleitoral do PT, maior partido de seu palanque, para pedir votos no segundo turno na capital paulista.

Além da contribuição dos petistas com a campanha, o psolista ainda recebeu R$ 1 milhão do fundo de sua própria legenda desde o encerramento do primeiro turno, em 6 de outubro. Na primeira etapa da campanha, Boulos recebeu R$ 35 milhões do PSOL e R$ 29,15 milhões do PT.

+Em mudança de estratégia, PT investe mais na campanha de Boulos do que na soma de seus candidatos em capitais

Com as doações da etapa derradeira, o partido do presidente Lula se torna o principal fiador da candidatura de Boulos à prefeitura da maior cidade do país.

Por intervenção direta do chefe do Palácio do Planalto, a sigla abriu mão de ter um candidato ao cargo pela primeira vez desde sua fundação e trouxe de volta a ex-prefeita Marta Suplicy, que havia abandonado o petismo em 2015, para ser sua candidata a vice.

Adversário de Boulos, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) recebeu R$ 3,55 milhões do fundo de partidos que integram sua chapa para o embate de segundo turno, marcado para 27 de outubro: foram R$ 3 milhões de sua própria legenda e R$ 550 mil do PRD.

Ao contrário do que fez o PT de Lula com Boulos, o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem Ricardo Mello Araújo como candidato a vice na chapa, não fez novas doações à campanha do incumbente

No primeiro turno, o emedebista recebeu R$ 17 milhões de PL, R$ 15 milhões de MDB, R$ 3 milhões de Podemos e PP, R$ 2,5 milhões de PRD, R$ 2 milhões de PSD e R$ 1,7 milhões de Solidariedade. Com as novas doações, o prefeito já recebeu R$ 47,75 milhões do fundo eleitoral para pedir votos.