A ONG Repórteres Sem Fronteiras pede em um relatório publicado nesta terça-feira (22) aos Estados que “garantam” a proteção dos jornalistas que trabalham em questões relacionadas com os direitos das mulheres.

Em todo o mundo, “a repressão de jornalistas especializados e mulheres jornalistas continua sendo um problema importante que requer o investimento de todos os atores”, avalia a RSF nesse relatório “Jornalista na era #MeToo”, coincidindo com os sete anos do início do movimento.

A organização de defesa à imprensa faz 16 recomendações, pedindo entre outros que os Estados protejam esses jornalistas e “introduzam no direito penal” circunstâncias agravantes em casos de perseguição cibernética contra mulheres jornalistas e minorias de gênero.

A RSF também defende que as redações dos meios de comunicação capacitem melhor os seus membros que possam ser vítimas de perseguição cibernética e que se criem responsáveis editoriais a cargo das questões de gênero (‘gender editors’).

Em uma pesquisa com 113 de seus correspondentes jornalistas em 112 países para avaliar o impacto do #MeToo, a RSF concluiu que desde 2017 mais de 80% notaram um aumento significativo no número de temas relacionados aos direitos das mulheres, às questões de gênero e à violência sexual e de gênero.

O movimento começou com as revelações em outubro de 2017 sobre as agressões sexuais do ex-produtor de cinema americano Harvey Weinstein.

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