ROMA, 18 OUT (ANSA) – A premiê da Itália, Giorgia Meloni, visitou o Líbano nesta sexta-feira (18), em meio à ofensiva de Israel para tentar eliminar o grupo xiita Hezbollah, e reiterou as críticas aos ataques à Força Interina das Nações Unidas no país árabe (Unifil), que conta com mais de mil soldados italianos em seu contingente.   

“Considero inaceitável atacar a Unifil. Todas as duas partes devem garantir a segurança dos soldados, e estou convencida de que a Unifil deve ser reforçada”, disse Meloni em pronunciamento à imprensa ao lado do premiê libanês, Najib Mikati, em Beirute.   

“Estou orgulhosa por ser a primeira chefe de governo a visitar o Líbano desde início da escalada militar e a única a tê-lo visitado duas vezes desde 7 de outubro do ano passado.   

Expressamos solidariedade aos civis de ambas as partes que sofrem as consequências do conflito”, acrescentou a líder italiana.   

Segundo Meloni, todos na União Europeia trabalham “por um cessar-fogo sustentável em Gaza e no Líbano”, e as Forças Armadas do país árabe precisam ser “colocadas nas melhores condições para executar as próprias responsabilidades”. Além disso, ela pediu um “esforço da parte israelense” para um cessar-fogo no Líbano.   

Já Mikati cobrou uma “solução diplomática” para encerrar a “guerra no sul” e exigiu que Israel “respeite” a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que encerrou o conflito contra o Hezbollah em 2006. “De sua parte, o Líbano se compromete a implantar a 1701”, disse o premiê, acrescentando que o futuro do país está na “dissociação de conflitos em seu entorno”.   

A declaração aponta uma discordância em relação ao grupo xiita, que defende a continuação das hostilidades enquanto durar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.   

Durante a passagem por Beirute, Meloni também se reuniu com o presidente da Assembleia Nacional do Líbano, Nabih Berri, com o comandante da Missão Bilateral Italiana no país (Mibil), coronel Matteo Vitulano, e com o vice-presidente do Comitê Técnico-Militar para o Líbano, coronel Attilio Cortone. (ANSA).