A Enel informou na manhã desta quinta-feira, 17, que 36 mil clientes estão sem energia elétrica em São Paulo. No entanto, destacou que na madrugada desta quinta, todos as solicitações de restabelecimentos de energia feitas entre o dia do temporal de sexta-feria, 11, e o sábado, 12, foram atendidas.

Em entrevista coletiva, o presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, pediu desculpas aos clientes afetados e ressaltou que a concessionária acionou os eletricistas para tentar restabelecer o serviço o mais rápido possível. Ele afirmou que, no primeiro momento do temporal, 3,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica.

Lencastre disse ainda que nas primeiras 24 horas após o vendaval, cerca de 79% da energia foi restabelecida. Porém, devido ao fato de que muitos clientes ainda continuam no escuro, o presidente da Enel São Paulo destacou que a concessionária pretende investir R$ 2 milhões para melhorar o fornecimento de serviço.

“Continuamos com nossa força tarefa mobilizada, atuando em campo. É possível que tenham casos de clientes mais antigos e esses são os prioritários que vamos estabelecer agora”, afirmou o executivo.

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O pronunciamento ocorreu horas antes de vencer o prazo estabelecido pela Justiça de São Paulo para que a luz fosse completamente restabelecida nos locais afetados. A decisão foi proferida pelo juiz Fabio de Souza Pimenta, da 32ª Vara Cível, e publicada no Diário de Justiça Eletrônico na quarta-feira, 16. Caso não cumpra a determinação, a Enel vai precisar pagar multa de R$ 100 mil por hora.

A decisão do juiz atendeu a um pedido feito pela Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) em uma ação civil pública. A ação foi protocolada na Justiça por conta de um apagão anterior, que aconteceu em novembro de 2023.

“É inadmissível, neste momento processual, que haja não só a repetição da referida situação numa das maiores cidades da América Latina, mas também o seu agravamento conforme depreende-se da notória e incontroversa demora da requerida no tocante ao restabelecimento do fornecimento integral dos serviços de energia elétrica a toda população e da precariedade do atendimento desta pelos canais de informação (a ponto da requerida ter informado pela imprensa não haver prazo para a normalização dessa situação)”, disse o magistrado.

A Enel informou que não comentaria a decisão.