A candidata Kamala Harris, que disputa as eleições americanas pelo Partido Democrata contra Donald Trump, declarou em uma entrevista ao programa de rádio “The Breakfast Club” nesta quinta-feira, 15, que pretende descriminalizar a maconha em todo o país e fazer uma reforma na polícia caso vença a corrida presidencial.

As falas de Kamala Harris foram destinadas ao público negro em uma tentativa de conseguir seus votos. De acordo com pesquisas eleitorais, menos homens negros apoiam a candidata do que Joe Biden nas eleições de 2020.

A declaração foi feita pela candidata quando questionada pelo apresentador Charlamagne tha God, comediante e autor negro conhecido pelas suas entrevistas com celebridades.

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A vice-presidente dos EUA apontou que, caso eleita, pretende descriminalizar a maconha por saber que a proibição do entorpecente prejudica certas populações, especialmente os homens negros. Kamala declarou ser “uma das promotoras mais progressistas” quanto à liberação da droga.

De acordo com a candidata, um dos maiores desafios de sua campanha é a desinformação promovida por Donald Trump aos eleitores negros. “Estão tentando assustar as pessoas por saberem que, de outra forma, não teriam nada em que concorrer”, afirmou a vice-presidente, acrescentando que trabalharia para aprovar o George Floyd Policing Act, que está parado no Congresso desde 2021.

Posteriormente, o apresentador Charlamagne ressaltou que a candidata possivelmente não conseguiria os votos para aprovar o projeto pelo fato de o Congresso estar dividido. Kamala Harris reiterou que pretende ajudar a eleger legisladores que apoiam a proposta.

Durante a entrevista, a democrata ainda comentou sobre suas propostas para a população negra, além de políticas voltadas aos pequenos negócios e à redução dos preços de medicamentos.

Quando questionada se o procurador-geral Merrick Garland deveria ter prendido Donald Trump após o ataque ao Capitólio dos EUA no dia 6 de janeiro de 2021, a candidata respondeu que a responsabilidade de lidar com isso é da Justiça. “Vou lidar com novembro”, pontuou.