O diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a condução da taxa básica de juros tem refletido essencialmente a dinâmica das projeções no horizonte relevante, de 18 meses à frente. Em um evento do Itaú Unibanco, em São Paulo, ele repetiu que não há “relação mecânica” entre a definição dos juros americanos e da taxa Selic.

Indagado sobre o peso dos modelos do BC nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), ele também afirmou que não há “relação mecânica” entre os números e a decisão.

Esses modelos, explicou Galípolo, servem mais como uma “espinha dorsal” para orientar o debate entre os nove membros do colegiado na hora de definir a taxa Selic.

“A gente está ali e nós vamos consumir o modelo, mas não há uma relação também mecânica entre o que o modelo vai nos colocar e o processo de decisão. Por isso que são necessárias nove pessoas”, disse o diretor. “Acho que ele é muito importante como um eixo estruturante, ele organiza o debate, mas não há uma relação mecânica entre a decisão e o modelo.”