Uma das polêmicas que permeou o Santos nos últimos dias foi a boa atuação de Miguelito com a seleção da Bolívia. O meia-atacante de 20 anos já marcou três vezes por sua seleção, ajudando nas vitórias sobre Colômbia, Chile e Venezuela, mas tem pouquíssimo espaço com Carille.

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Pelo Santos, Miguelito atuou contra Ituano, Vila Nova, CRB e Novorizontino, sempre por poucos minutos.

Há também uma diferença na escalação do garoto. Na Bolívia, ele atua aberto pela direita, posição carente do time do Santos. Mas, quando atuou pelo Alvinegro, apareceu no meio ou pelo lado esquerdo do ataque. Ele já até foi liberado pelo treinador para fazer partidas pela equipe sub-23 do Peixe.

E é claro que, diante deste cenário, o jogador foi assunto na entrevista coletiva concedida com Fabio Carille e Giuliano após a vitória do Santos sobre o Mirassol por 3 a 2.

Em um primeiro momento, o técnico não quis se aprofundar no assunto. Disse apenas, “pode ficar tranquilo que ele vai ter mais minutos, tá? Quando ele voltar não vai ter mais minutos.”

Giuliano, no entanto, não fugiu da pergunta. Elogiou o atleta, mas disse que, nos treinamentos no Santos, ele não parecia estar pronto para atuar mais tempo.

– Eu peguei pouco ele, na verdade, nos treinamentos. Ele é um jovem com muito talento. Esquerda é excepcional, falta um pouquinho de intensidade, eu acho que é uma questão também mental de preparação porque o que ele consegue fazer no sub-20, o que ele consegue fazer na Bolívia, ele não consegue fazer no nosso treinamento. Claro que quem escolhe é sempre o treinador, mas nós, como jogadores, temos que ser realistas, temos que falar a verdade. Ele é um grande jogador, ele vai ser um grande jogador, ele ainda vai ser um grande camisa 10 aqui no Santos, mas ainda não está preparado para isso. Então eu acho que ele está fazendo grandes atuações na seleção e merece porque está se dedicando para isso, mas, quando ele voltar, eu espero que ele tenha a mesma performance que ele está tendo na seleção aqui conosco – disse o meia.

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Algumas perguntas depois, Carille voltou a ser questionado sobre a não utilização do jovem e, desta vez, não deixou de responder.

– Eu coloquei o Miguelito e a resposta dele não foi legal, e ele concorda com isso. Penso que a série A é mais fácil do que a série B para garotos, penso que é mais fácil, mais pegada, é um jogo mais enroscados. Tenho acompanhado o Miguelito bastante. Até teve um jogo na Vila que eu estava lá em cima. Assisti o jogo contra o Cuiabá pela televisão; agora o último jogo que ele participou, eu assisti contra o Palmeiras, no Brasileiro sub-20. Fui em muitos jogos na Vila, muitos jogos no CT, estou sempre nos jogos do sub-20. E o Giuliano falou, a gente vê um talento muito grande, mas tá tendo alguma dificuldade aqui na Série B. Com João Schmidt, com Pituca, com o Alisson pegando no calcanhar dele. No sub-20, ele joga como um 10, na seleção tem jogado pelo lado. Jogo de transição o tempo todo, só marcando e transição, e tem feito muito bem, né?- concluiu o técnico.