Agentes da PF (Polícia Federal) cumprem três mandados de busca e apreensão em Corumbá (MS) – cidade localizada a cerca de 425 quilômetros de Campo Grande (MS) – durante a manhã desta quinta-feira, 10, contra um grupo acusado de causar um incêndio conhecido como “muralha de fogo”, ocorrido em junho deste ano em terras da União.

Na ocasião, imagens das chamas viralizaram nas redes sociais por mostrarem o Arraial de São João, festividade tradicional de Corumbá, com uma “muralha de fogo” ao fundo, nas margens do Rio Paraguai. De acordo com a PF, os alvos são acusados de crime de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União, falsidade ideológica, grilagem e associação criminosa.

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Segundo as autoridades, as investigações apontaram que a área queimada é constantemente alvo de incêndios criminosos e grilagem com realização de fraude junto aos órgãos governamentais. Conforme a PF, há indícios de que as terras sejam utilizadas para a criação de gado contrabandeado da Bolívia.

De acordo com as forças de segurança, aproximadamente 30 mil hectares do pantanal foram queimados por ações dos alvos da operação.

“Muralha de Fogo”

O incêndio que ficou conhecido como “muralha de fogo” ocorreu a poucos quilômetros do Arraial do Banho de São João, um tradicional festival de Corumbá (MS), durante a celebração, em 22 de junho. As imagens das chamas foram compartilhadas nas redes sociais e ilustram um contraste entre o evento e a floresta.

Confira o vídeo:

Na gravação, é possível perceber as luzes e cores da festa, enquanto ao fundo, uma trilha de fogo se alastra nas margens do Rio Paraguai. As imagens resultaram em uma série de críticas à realização do evento