Pablo Marçal (PRTB) anunciou que não vai apoiar Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno da eleição para a prefeitura de São Paulo, contra Guilherme Boulos (PSOL).

O ex-coach atribuiu a decisão à “arrogância demonstrada não só por ele [Nunes], mas também por Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Silas Malafaia e Valdemar Costa Neto“, em nota divulgada nesta quarta-feira, 9. O atual governador, o ex-presidente e as demais lideranças mencionadas por Marçal apoiaram o atual prefeito no primeiro turno e fizeram duras críticas a ele durante a campanha.

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“Libero os 1.719.024 cidadãos paulistanos que confiaram na minha candidatura para votarem de acordo com suas convicções, princípios e ideologias. Se essa atitude resultar na entrega da prefeitura da cidade mais importante do hemisfério sul à extrema esquerda, a culpa não será minha“, seguiu o ex-candidato.

Entrei nessa eleição para evitar a vitória de Guilherme Boulos, e agora, lamento dizer, essa previsão se tornou uma certeza“, concluiu Marçal.

No domingo, 6, após a conclusão da apuração, o ex-coach refutou a adesão a um candidato de esquerda e condicionou o eventual apoio a Nunes à absorção de suas propostas pelo incumbente. No dia seguinte, em entrevista ao portal UOL, o prefeito reconheceu que também ocupa o campo da direita, mas refutou a chance de ter o oponente em seu palanque. Nas redes sociais, apoiadores do ex-coach ameaçaram votar em Boulos como forma de retaliação e, desde então, aliados do emedebista seguiram fazendo críticas a Marçal.