O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) agradeceu ao apoio dos paulistanos que o fizeram ir para o segundo turno das eleições municipais 2024. O concorrente acompanhou a apuração dos votos no Clube Piratininga, região central de São Paulo, ao lado da vice de chapa Marta Suplicy (PT), da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e da ministra dos povos indígenas, Sonia Guajajara, neste domingo, 6.

Após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apurar todas as urnas da cidade de São Paulo, o resultado mostrou que o psolista concorre contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB) na próxima disputa, marcada para o dia 27 de outubro.

Durante pronunciamento, Boulos afirmou que se os paulistanos acham que a segurança, a saúde, o transporte público e outros aspectos do município estão bons, “vocês concordam com o meu adversário”. “Mas se você quer mudar, melhorar a saúde, a segurança e o transporte, você vem comigo e com a Marta”, disse.

O candidato também fez questão de citar sua candidata à vice no discurso e ressaltou alguns feitos dela quando foi prefeita de São Paulo, como a criação dos CEU’s e a implementação do Bilhete Único. O psolista ainda destacou que o seu projeto para o segundo turno é apresentar a possibilidade de uma cidade com “justiça social”, voltada para todos, inclusive aos que moram nas periferias.

Candidato contra a vacina

Boulos criticou o seu adversário, Ricardo Nunes, ao destacar que o atual prefeito se colocou contra a vacinação, minimizou os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023 e tem como vice um coronel que já defendeu tratamento policial diferenciado para quem mora em bairros nobre da cidade e quem mora nas periferias.

O psolista ainda tocou em uma das feridas de Nunes, que foi bastante explorada durante a campanha eleitoral do primeiro turno: o boletim de ocorrência registrado pela esposa do prefeito, Regina Carnovale Nunes, por violência doméstica, ameaça e injúria no mês de fevereiro de 2011. “Do lado de lá, nós temos alguém com a trajetória muito suspeita, que eu tenho certeza de que nos debates desse segundo turno vai ter muita dificuldade para dizer o que fez nos verões passados. Alguém que botou o crime organizado no comando da prefeitura de São Paulo, nos contratos da prefeitura de São Paulo. Alguém que tem, inclusive, que responder por boletim de ocorrência de violência contra a mulher. É isso que está em jogo aqui”, disse Boulos.

Nunes já tentou se defender desse tipo ataque quando feito por Pablo Marçal no debate da TV Globo, no dia 4 de outro. “Eu sou casado há 27 anos, eu amo minha esposa, tenho três filhos e um neto. Eu tive um problema há 14 anos que eu fiquei um período separado da minha esposa. Mas o nosso amor, graças a Deus, está bem. Estamos casados, felizes”, afirmou na ocasião.

Depois, aos seus apoiadores, o psolista valorizou mais uma vez a participação da vice Marta Suplicy, e disse que “vai ser uma guerra”. Também destacou que o atual prefeito tem a máquina da prefeitura e do estado ao seu lado, visto que é apoiado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ele também agradeceu pelo apoio recebido pela candidata Tabata Amaral, que ficou em quarta lugar na disputa e declarou voto no psolista. Por fim, Boulos afirmou que pretende fazer um grande ato na Avenida Paulista no dia 27 de outubro, data do segundo turno.