SÃO PAULO, 6 OUT (ANSA) – O primeiro turno das eleições municipais no Brasil terminou com um sabor amargo para o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que corre o risco de continuar sem nenhuma capital estadual em seu poder.   

Se é verdade que o Partido dos Trabalhadores apoiou campanhas bem sucedidas em cidades importantes, como as reeleições dos prefeitos do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e do Recife, João Campos (PSB), também é fato que a sigla não obteve nenhuma vitória em primeiro turno em capitais, enquanto o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, faturou duas: Rio Branco, no Acre, com Tião Bocalom, e Maceió, em Alagoas, com João Henrique Caldas.   

Além disso, Bolsonaro ou o PL apoiaram candidatos vitoriosos em Boa Vista (Roraima), com Arthur Henrique; Florianópolis (Santa Catarina), com Topázio Neto (PSD); e Salvador (Bahia), com Bruno Reis (União Brasil).   

Outras capitais definidas no primeiro turno são Macapá (Amapá), São Luís (Maranhão), Teresina (Piauí) e Vitória (Espírito Santo), com os triunfos de Dr. Furlan (MDB), Eduardo Braide (PSD), Silvio Mendes (União Brasil) e Lorenzo Pazolini (Republicanos), que não tiveram a seu lado nem Lula, nem Bolsonaro.   

Para o segundo turno, o PT terá candidatos próprios em apenas quatro capitais: Cuiabá (Mato Grosso), com Lúdio Cabral; Porto Alegre (Rio Grande do Sul), com Maria do Rosário; Fortaleza (Ceará), com Evandro Leitão; e Natal (Rio Grande do Norte), com Natália Bonavides. Porém todos chegam em desvantagem em relação a seus rivais.   

Lula também deve se empenhar para tentar emplacar a vitória de seu pupilo Guilherme Boulos (Psol) diante do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apoiado por Bolsonaro e que liderava todas as simulações de segundo turno.   

O PL, por sua vez, terá candidatos próprios em nove capitais em 27 de outubro: Manaus (Amazonas), com Capitão Alberto Neto; Belém (Pará), com Delegado Éder Mauro; Palmas (Tocantins), com Janad Valcari; Goiânia (GO), com Fred Rodrigues; Cuiabá (Mato Grosso), com Abílio Brunini; Belo Horizonte (Minas Gerais), com Bruno Engler; Fortaleza (Ceará), com André Fernandes; Aracaju (Sergipe), com Emília Corrêa; e João Pessoa (Paraíba), com Marcelo Queiroga, ministro da Saúde de Bolsonaro nos piores momentos da pandemia de Covid-19.   

O PL ainda apoia Mariana Carvalho (União Brasil) em Porto Velho (Rondônia); Eduardo Pimentel (PSD) em Curitiba (Paraná); Sebastião Melo (MDB) em Porto Alegre; e Paulinho Freire (União Brasil) em Natal, além de Nunes em São Paulo. (ANSA).