Morreu nesta quinta-feira, 3, o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira. Ele tinha 97 anos e estada internado em Petrópolis (RJ) desde o dia 4 de setembro. Em entrevista ao “Encontro” momentos após a morte do jornalista, Dr. Nélio Gomes, cardiologista e médico responsável pelos cuidados com Moreira, explicou o quadro que o acometeu.

“O Cid chegou para a gente no dia 4 de setembro. Ele fez 97 anos, uma idade bastante avançada, e já vinha fazendo diálise peritonial [para remover impurezas do sangue], tinha insuficiência renal crônica”, começou o especialista.

Segundo Dr. Nélio, o jornalista apresentou peritonite, um quadro de infecção por conta do tratamento de diálise prolongado, associado a infecção urinária. “Ele apresentava dificuldade para andar, atrofia muscular e trombose venosa nos membros inferiores, o que levou ele a ficar acamado”, contou o médico, explicando que tais complicações fizeram com que Moreira necessitasse de cuidados intensivos.

“Foi um tratamento multidisciplinar, tivemos vários médicos envolvidos, com suporte de infectologista […] Ele persistiu com diálise peritoneal mesmo internado. Isso acaba levando a um desgaste natural: as infecções de repetição, o uso de antibióticos, várias mudanças de medicamentos, atrofia muscular, desgaste natural do organismo, e acabou ficando um pouco desnutrido. O tubo digestivo dele não estava absorvendo bem e levando a quadros de gastroenterite”, completou.

Segundo Nélio, Moreira “teve todo o atendimento e acolhimento que poderia ter” em seus últimos dias.