Ao menos oito soldados de Israel morreram e sete ficaram feridos em confrontos com o grupo radical Hezbollah nesta quarta-feira (02/10), no sul do Líbano. Todos tinham entre 21 e 23 anos.

Estas são as primeiras baixas israelenses desde que o país iniciou sua incursão terrestre no país vizinho, segundo informou o Exército do país.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que realizaram duas incursões no Líbano até o momento e alertaram os moradores para deixaram suas casas em mais de 20 áreas.

Já o Hezbollah disse que repeliu forças israelenses em três vilas no sul do Líbano.

Israel voltou a atacar a capital libanesa nesta quarta-feira, atingindo o que descreveu como “alvos terroristas” em Beirute. As forças armadas israelenses também disseram que cerca de 140 foguetes foram disparados do Líbano para o norte de Israel.

O uso contínuo de foguetes pelo Hezbollah tem sido o principal argumento usada por Israel para justificar a incursão no Líbano.

Mísseis israelenses também atingiram a Síria. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos um ataque israelense a um bairro de Damasco frequentado por líderes do Hezbollah e por guardas revolucionários iranianos matou dois libaneses.

Irã promete resposta se houver retaliação

Os confrontos ocorreram horas depois que oIrã lançou centenas de mísseis balísticos contra Israel e um atentado terrorista, posteriormente reivindicado pelo grupo extremista Hamas, deixar sete mortos em Tel Aviv.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o Irã vai pagar por seu “grande erro”.

Em resposta, o presidente do Irã, Masud Pezeshkian, afirmou que o país não quer a guerra, mas prometeu uma resposta “mais forte” caso Israel decida retaliar o ataque iraniano.

Em duas semanas, o conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou mais de mil mortos no Líbano e 1,2 milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Reação

A comunidade internacional teme que o Oriente Médio possaentrar em uma guerra generalizada, enquanto Israel luta contra os grupos islâmicos Hezbollah e Hamas, aliados de Teerã. O G7 condenou as ações do Irã, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas fez duras críticas à Israel.

“O Irã está arriscando colocar fogo em toda a região: Isso deve ser evitado a todo custo”, disse o chanceler alemão Olaf Scholz.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descartou a possibilidade de apoiar um ataque israelense às instalações nucleares do Irã. Ele defendeu, porém, que Israel tem o direito de responder ao ataque.