Por Nidal al-Mughrabi

CAIRO (Reuters) – Ataques militares israelenses na Faixa de Gaza mataram pelo menos 60 palestinos durante a noite, inclusive em uma escola que acolhia famílias desabrigadas, segundo médicos, enquanto tanques israelenses avançavam em áreas de Khan Younis, no sul do enclave.

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Os tanques israelenses realizaram um ataque a várias áreas no leste e no centro de Khan Younis, antes de se retirarem parcialmente, deixando pelo menos 40 pessoas mortas e dezenas de feridos, de acordo com a rádio oficial Voz da Palestina e a mídia do Hamas.

Na Cidade de Gaza, pelo menos 22 palestinos foram mortos, segundo os médicos. Um ataque israelense a uma escola que abrigava famílias desalojadas na Cidade de Gaza matou 17 pessoas, enquanto outro atingiu a Sociedade de Órfãos Al-Amal, que também abriga pessoas desalojadas, matando pelo menos outras cinco pessoas, disseram os médicos.

A escalada ocorre depois que o Irã lançou uma salva de mísseis balísticos contra Israel na terça-feira, em retaliação à campanha de Israel contra os aliados do Hezbollah no Líbano, e Israel prometeu uma “resposta dolorosa” contra seu inimigo.

Os palestinos na Faixa de Gaza, envolvidos em quase um ano de guerra com Israel, comemoraram ao ver dezenas de foguetes a caminho de Israel. Alguns desses foguetes caíram no enclave palestino após serem interceptados pelas defesas antimísseis de Israel, mas não causaram perdas humanas, segundo testemunhas.

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra Israel há quase um ano, em apoio ao seu aliado Hamas na guerra em Gaza, que começou depois que o grupo militante realizou o ataque mais mortal da história de Israel em 7 de outubro.

O ataque, no qual Israel afirma que 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns, desencadeou a guerra que devastou Gaza, deslocando a maior parte de sua população de 2,3 milhões de habitantes e matando mais de 41.600 pessoas, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.