Desembargadores da 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) rejeitaram na sexta-feira, 27, um pedido da defesa de Suzane Louise Magnani Muniz, ex -von Richthofen, de 41 anos, que requisitava uma redução no número de sessões de acompanhamento psicológico.

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Suzane, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, cumpre regime aberto desde 11 de janeiro de 2023, cursa Direito e vive em Bragança Paulista (SP) – cidade localizada a cerca de 90 quilômetros de São Paulo (SP).

A Justiça exigiu que a mulher cumprisse sessões semanais de psiquiatria quando concedeu a progressão de regime, em janeiro do ano passado. Atualmente, a ré é atendida por duas psicólogas semanalmente e por psiquiatra uma vez ao mês no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) do município.

No recurso, a defesa de Suzane pediu para que as consultas com psicólogos ocorressem mensalmente e as sessões com psiquiatra uma vez a cada três meses. A mulher alegou que o acompanhamento psicológico foi importante para suas questões pessoais e de inserção social.

“A agravada comparece ao CAPS pontualmente a todos os atendimentos agendados, mostrando-se tranquila, sem queixas, adaptada a sua rotina de estudante de Direito, cuidados maternos, gerenciamento do lar, bem como, tem lidado resiliente a eventuais assédios”, argumentou a defesa de Suzane. O Ministério Público se manifestou de forma contrária ao pedido.

Na decisão, o desembargador Damião Cogan rejeitou o recurso proposto pela defesa de Suzane, ponderando que os atendimentos foram positivos para a ressocialização da mulher. “Entendo não ser o caso, por ora, de alteração das condições e período de atendimento psicológico e psiquiátrico já estabelecido”, declarou o magistrado.

O site IstoÉ procurou a defesa de Suzane Louise Magnani Muniz para uma posição sobre a decisão, mas não obteve resposta até o momento de publicação desta notícia. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

Suzane von Richthofen tinha pouco mais de 18 anos quando cometeu o crime com a ajuda do então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian. Os dois rapazes subiram até o segundo andar da residência da família de Suzane e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça enquanto o casal dormia.

Após serem sentenciados, Daniel recebeu a mesma pena que Suzane. Já Cristian foi sentenciado a 38 anos e 6 meses de detenção.