José Luiz Datena recebeu 1,84% dos votos válidos para a prefeitura de São Paulo neste domingo, 6, e fez com que o PSDB registrasse seu pior desempenho histórico em eleições para o cargo.

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Fundado em 1988 por um grupo de intelectuais e lideranças dissidentes do MDB — como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador Mario Covas (morto em 2001) —, o PSDB fez da capital paulista seu berço político, elegeu três prefeitos e sempre teve concorrentes ao Edifício Matarazzo desde então.

Desempenhos anteriores

1988 — José Serra — 6,89%
1992 — Fabio Feldman — 5,83%
1996 — José Serra — 15,57%
2000 — Geraldo Alckmin — 17,26%
2004 — José Serra — 43,56% (eleito em segundo turno com 54,86%)
2008 — Geraldo Alckmin — 22,48%
2012 — José Serra — 30,75% (derrotado por Fernando Haddad, do PT, no segundo turno, com 44,43%)
2016 — João Doria — 53,29% (eleito em primeiro turno)
2020 — Bruno Covas — 32,85% (eleito em segundo turno com 59,38%)

Os percalços

Esta foi a primeira eleição de Datena, que anunciou quatro candidaturas em anos anteriores, mas sempre desistiu antes de chegar ao primeiro turno.

Em 2024, o apresentador chegou a empatar tecnicamente com os líderes da corrida em pesquisas de intenção de voto, mas sofreu resistência interna dos próprios tucanos, não teve apoio de vereadores (o PSDB perdeu toda sua bancada na Câmara Municipal durante a janela partidária do Legislativo, em abril), fez poucas agendas de rua e não consolidou um discurso durante a campanha.

Em entrevistas às vésperas da votação, prometeu que não voltaria a ser candidato em caso de derrota. Neste domingo, após a apuração, afirmou X, Y e Z.