Em um jornada para descobrir a “fórmula do rejuvenescimento”, Liz Parrish fez uma viagem para Colômbia em setembro de 2015 e passou por duas terapias genéticas experimentais. Liz é CEO da biofarmacêutica BioViva, uma empresa que utiliza tecnologias para a expectativa de vida humana saudável.

Os tratamentos pelos quais Liz passou consistem em um inibidor de miostatina, um medicamento que está sendo utilizado para tratar a perda muscular, e uma terapia genética de telomerase, uma enzima “antienvelhecimento” que atua na proteção dos telômeros na divisão celular.

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O que são telômeros e telomerase?

Telômeros são trechos de DNA encontrados nas extremidades dos cromossomos. Sua principal função é a proteção do material genético nas células, mas cada vez que as células se dividem, seja para regenerar tecidos no corpo humano ou multiplicar-se, sua longevidade vai ficando menor e ele mais curto. Quanto mais curto é o telômero, mais próxima da morte está a célula.

Nesse processo, a enzima telomerase regenera os telômeros, prolongando a vida deles, e consequentemente, das células.

O tratamento

O tratamento consiste em duas injeções intravenosas. Antes do tratamento, os biomarcadores usados ​​por Parrish indicaram que sua idade biológica era 66, 22 anos a mais do que sua idade cronológica. Na época, a CEO tinha 44 anos.

Em uma entrevista concedida por Liz à McKenzie Funk, ela disse ter tomado mais de 100 injeções em diversas partes do corpo, e que dois dias após o procedimento, ela foi considerada “saudável” para voltar para os Estados Unidos.

Controvérsias

O tratamento só foi realizado na Colômbia porque a BioViva não havia feito o trabalho pré-clínico necessário para progredir para estudos em humano e a Food and Drug Administration, agência federal de saúde nos Estados Unidos, não permitiu que o procedimento fosse realizado em terras norte-americanas.

O principal ceticismo de cientistas em relação ao “tratamento de envelhecimento” se deve ao fato de que a BioViva se diz basear o procedimento nos estudos de María Blasco, diretora do Centro Nacional de Pesquisa do Câncer da Espanha, para a realização do tratamento. Entretanto, os estudos de Blasco são focados em curar pessoas que estão morrendo de doenças por meio da telomerase, e não em rejuvenescer pessoas.

Em 17 e 18 de outubro, Liz participará da terceira edição do congresso Fórum Mundial de Longevidade em Alicante, onde terá um painel que vai explicar sua experiência com terapias genéticas e seu impacto no processo de envelhecimento.