28/09/2024 - 14:21
Israel desferiu um golpe esmagador no movimento islamista Hezbollah do Líbano ao matar seu chefe Hasshan Nasrallah na sexta-feira (27), o último de uma série de assassinatos que enfraqueceram significativamente a formação xiita libanesa apoiada pelo Irã.
Essas são as principais figuras do Hezbollah que foram alvo de Israel desde o início dos confrontos na fronteira, há quase um ano, quando o grupo libanês abriu uma frente com Israel em apoio ao movimento palestino Hamas na Faixa de Gaza.
O líder do Hezbollah morreu em 27 de setembro em um bombardeio israelense contra a sede do movimento ao sul de Beirute.
Nasrallah era o homem mais poderoso do Líbano e o líder carismático do partido desde 1992, quando sucedeu Abbas al-Musawi, que também foi assassinado por Israel.
Sua morte, aos 64 anos, foi confirmada no dia seguinte pelo Hezbollah.
O líder, um arqui-inimigo de Israel, vivia escondido há anos e raramente aparecia em público desde a guerra de 2006 entre Israel e seu movimento.
Neste sábado (28), o Exército israelense afirmou que sua “eliminação” torna o mundo um “lugar mais seguro” e insistiu que continuará com as operações para a matar outros comandantes do grupo.
O comandante militar do Hezbollah, morto em 30 de julho em um bombardeio nos subúrbios do sul de Beirute, foi um dos alvos mais importantes mortos em um ataque atribuído a Israel.
O homem, um dos fundadores do Hezbollah e braço direito de Hassan Nasrallah, desempenhou “um papel de liderança nas operações do Hezbollah contra Israel a partir do sul do Líbano”, de acordo com uma fonte próxima ao poderoso grupo libanês.
De acordo com Israel, Shukr foi responsável por um ataque que matou 12 crianças e adolescentes em 27 de julho nas Colinas de Golã sírias ocupadas e anexadas por Israel. O Hezbollah negou qualquer envolvimento e prometeu vingar a morte de seu comandante militar.
Ibrahim Aqil, chefe da temida unidade de elite Al Radwan do Hezbollah – que ele fundou em 2008 – foi morto em 20 de setembro, juntamente com outros 15 membros da força, em um bombardeio a um prédio nos subúrbios do sul de Beirute.
O ataque matou um total de 55 pessoas, incluindo civis, de acordo com as autoridades libanesas.
Considerado um “terrorista” pelo Departamento de Estado dos EUA, Aqil era procurado por Washington por seu envolvimento nos sangrentos atentados contra interesses americanos na capital libanesa em 1983.
Ali Karaki, considerado o número três no comando militar do Hezbollah, morreu no mesmo bombardeio que matou Hassan Nasrallah em 27 de setembro, anunciou uma fonte próxima ao Hezbollah.
Comandante da frente anti-Israel no sul do Líbano, Karaki sobreviveu a um ataque israelense em 23 de setembro.
Ibrahim Kobeissi foi morto em 24 de setembro em um ataque israelense na periferia sul de Beirute.
De acordo com as Forças Armadas israelenses, Kobeissi – que comandava várias unidades, incluindo uma divisão responsável por mísseis teleguiados de precisão – foi alvo juntamente com outros comandantes da força de mísseis e foguetes do Hezbollah.
Ibrahim Kobeissi juntou-se ao movimento em 1982 e ocupou vários cargos militares, inclusive o de chefe da unidade Badr, responsável por uma das três áreas de operações do Hezbollah no sul do Líbano, de acordo com o grupo islamista.
Mohamed Srur, comandante da unidade de drones do Hezbollah, morreu em 26 de setembro em um bombardeio israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, anunciaram Israel e o movimento xiita libanês.
Srur nasceu em 1973 na cidade de Aita al Shaab, no sul do Líbano, segundo o Hezbollah.
Uma fonte próxima à formação disse que o matemático estava entre os comandantes seniores do movimento enviados ao Iêmen para treinar os rebeldes Houthi, uma milícia que também é apoiada pelo Irã.
Srur foi alvo de caças, de acordo com o exército israelense, em um bombardeio que, segundo as autoridades libanesas, matou duas pessoas e feriu outras quinze.
Wisam al-Tawil, um comandante da unidade de elite Al Radwan, foi morto em janeiro em um ataque israelense contra seu veículo no sul do Líbano.
Dois dos três comandantes dos setores do sul do Líbano, Mohamed Naser e Taleb Abdullah, também foram mortos.
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