Marina Helena (Novo), candidata à prefeitura de São Paulo, afirmou ser “completamente contra” o fundo eleitoral para o financiamento de campanhas. A declaração foi dada durante o debate promovido pelo SBT nesta sexta-feira, 20.

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“O valor ficou tão grande, fora o fundo eleitoral, as emendas [parlamentares], que impede completamente a renovação [da política]. O partido Novo vai ser sempre contra [financiamento público de campanha]”, disse, em resposta ao questionamento de Pablo Marçal (PRTB), que também se opôs ao mecanismo.

A candidata, no entanto, recebeu R$ 2.440.648,27 da direção nacional de seu partido para fazer campanha, de acordo com os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao todo, o Novo teve acesso a R$ 37,1 milhões dos R$ 4,9 bilhões distribuídos às siglas para as eleições de 2024.

O montante veio do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), conhecido como fundo eleitoral, dispositivo criado em 2017 para financiar as candidaturas depois que as doações de empresas para campanhas foram proibidas.

Na disputa pela prefeitura de São Paulo, Marçal foi o único candidato com acesso ao “fundão” a não receber verba dessa origem. João Pimenta (PCO) também não recebeu, mas seu partido teve a cota bloqueada pelo TSE por irregularidades na prestação de contas de 2019.